Pneumonia: um gesto pode salvar-lhe a vida - TVI

Pneumonia: um gesto pode salvar-lhe a vida

A doença que mata 23 portugueses por dia pode ser evitada.

Todos os dias morrem, em média, 23 portugueses com pneumonia. 
 
Os últimos dados da Direção Geral de Saúde revelam que, só nos hospitais públicos, em 2013, morreram 8.424 pessoas com a doença. É facto, a pneumonia mata mais em Portugal do que em qualquer outro país da Europa.
 
No Dia Mundial da Pneumonia, o professor Bugalho de Almeida, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, convidado do Diário da Manhã desta quinta-feira, reforça a mensagem de que muitas destas mortes podem ser evitadas.
 
“Temos hoje em dia meios de tentar prevenir a probabilidade de ter uma pneumonia através da vacinação”, refere o médico, que defende a vacinação contra o agente pneumococo e contra a gripe, especialmente, na população mais idosa.

Prevenção é, pois, a palavra que rima com pneumonia. “O facto de ter gripe propicia o aparecimento de ter pneumonia pneumocócica e uma pessoa com gripe pode ter 100 vezes maior risco de ter uma pneumonia”, alerta Bugalho de Almeida.
  
A pneumonia é a “grande inimiga do indivíduo idoso”, porque “o seu organismo vai-se defendendo menos e tem outras doenças”, como asma, bronquite, diabetes.

“Nós vamos vivendo mais e vamos tendo a hipertensão, vamos tendo a diabetes. E a soma destas debilidades propicia o aparecimento da pneumonia”, adverte o médico.

 Bugalho de Almeida acrescenta alguns exemplos: “Uma pessoa que tenha asma, tem seis vezes mais probabilidades de ter uma pneumonia pneumocócica; uma pessoa que tenha uma doença pulmonar obstrutiva crónica, tem oito vezes mais probabilidade de ter uma pneumonia”.

E os exemplos não se ficam por aqui: “Das pneumonias que são internadas - quatro dezenas de milhar de doentes internados anualmente -, um em cada cinco com mais de 65 anos morre, e, acima dos 75 anos, um em cada quatro” também não resiste.

O professor de medicina conclui: “É um problema bastante grande e, às vezes, as pessoas não valorizam”, mas é preciso saber ler os “sinais de alerta. Parece uma constipação, as pessoas têm tosse. No indivíduo com mais idade, a febre pode não aparecer”, mas são sintomas que podem convergir numa pneumonia. Até um caso de “incontinência urinária”.

A pneumonia pneumocócica é a mais comum. “O pneumococo é o agente responsável entre 30 a 50% das pneumonias”, explica o professor de medicina.As doenças respiratórias são a terceira causa de morte em Portugal. Lisboa, Coimbra e Aveiro são os distritos com mais mortes e internamentos por pneumonia.
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