“Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos vai ter uma fratura por osteoporose” - TVI

“Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos vai ter uma fratura por osteoporose”

Uma “ameaça silenciosa”, segundo o reumatologista António Vilar, que afeta meio milhão de portugueses. Nunca é cedo de mais para iniciar a prevenção, que pode começar a ser feita logo na gravidez

Os números da osteoporose em Portugal devem “pesar” na nossa consciência e nas nossas escolhas. “A importância disto em saúde pública é que em Portugal ocorrem mais de dez mil fraturas da anca por ano e 25% dessas fraturas provocam a morte no primeiro ano pós-fratura. Metade desses doentes com fratura ficam com incapacidade para a sua mobilidade e um terço ficam mesmo dependentes de terceiros”, alerta o reumatologista António Vilar, convidado do Diário da Manhã desta terça-feira.
 
Uma doença que atinge os dois géneros, embora “as mulheres sofram mais cedo, depois da menopausa, cerca de dez anos antes dos homens”. O futuro também não se revela animador: “Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos, nos próximos dez anos, vai ter uma fratura por osteoporose”, frisa o reumatologista.
 

Como prevenir a osteoporose

 
“A prevenção é, por isso, fundamental”, defende António Vilar. E nunca é cedo de mais para começar. “A prevenção pode começar logo na gravidez. A mãe deve fazer uma ingestão de cálcio adequada”, ou seja, “1 a 1,2 litros de leite por dia”. O cálcio pode ainda ser obtido através dos derivados do leite, mas também de “espinafres, couve, leguminosas”, explica.
“Na infância deve-se incutir, encorajar, a ingestão de cálcio e de vitamina D e a recomendação fácil que se pode fazer às mães é que, quando chegam à praia, não ponham protetores solares nos primeiros 15 minutos”, aconselha o médico
 
E, depois, na adolescência e na vida adulta, para além de uma alimentação variada, “o exercício” representa um aliado de peso para evitar o aparecimento desta “ameaça silenciosa”, segundo o reumatologista. No idoso acresce a prevenção das quedas.
 
São fatores de risco a “idade, se o pai ou a mãe tiveram uma fratura de fémur, se o próprio doente teve uma fratura que noutra pessoa não causaria fratura”. Contribuem também para o diagnóstico e risco acrescido da doença, “os hábitos de vida como o tabaco e o álcool” ou “se é particularmente magro “ e “tem deficiências alimentares”. Somam-se ainda aos riscos de sofrer de osteoporose alguma outra enfermidade de que padeça, “como é o caso da diabetes, de algumas doenças da tiroide ou artrite reumatoide”. 
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