As urgências do Hospital Amadora-Sintra estiveram perto da rutura na manhã desta quarta-feira. O tempo de espera para os casos urgentes chegou a ser superior a 13 horas, quando não devia ultrapassar os 60 minutos. Também se viveram situações complicadas no Hospital de Portimão e no São João, no Porto.
A situação mais crítica viveu-se nas urgências do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, na Amadora. Os doentes urgentes que deram entrada ontem à noite no hospital ainda estavam à espera esta manhã. Cerca de 40 utentes esperavam por um médico há 13 horas, com pulseira laranja.
A equipa de reportagem da TVI confirmou que às 12:00 estavam 400 pessoas inscritas nas urgências, entre casos urgentes e não urgentes, para serem atendidas. O tempo de espera era de 11 horas para os doentes urgentes e de 14 horas para os doentes não urgentes
A TVI confirmou juntou de fonte da direção do hospital que se tratam sobretudo de casos respiratórios e que há muitos idosos e crianças à espera de serem atendidos.
Utentes do hospital descreveram à TVI um "cenário de caos" e revelaram que acabaram por desistir.
No Algarve, nas urgências do Hospital de Portimão, a situação também foi complicada esta manhã. A espera para doentes urgentes era superior a oito horas.
Já no São João no Porto, o tempo de espera para doentes urgentes foi de cinco horas ao princípio da manhã, mas tem vindo a descer.
Os médicos continuam a alertar para a necessidade de se recorrer aos centros de saúde em primeiro lugar.
Segundo os últimos dados oficiais do portal do Serviço Nacional de Saúde - referentes a segunda feira - 73% das pessoas que recorreram aos hospitais eram doentes não urgentes ou pouco urgentes.