Diabetes afeta mais homens e pessoas sem trabalho - TVI

Diabetes afeta mais homens e pessoas sem trabalho

  • 14 nov 2018, 11:29

Outra característica é que muitos são pouco escolarizados. Quase 10% da população portuguesa sofre desta doença

Mais de 640 mil portugueses, que representam 9,9% da população, sofriam de diabetes em 2015, segundo dados divulgados pelo Instituto Ricardo Jorge, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala precisamente esta quarta-feira, 14 de novembro. A doença é mais frequente nos homens e nas pessoas sem atividade profissional e com menos escolaridade.

Os dados fazem parte do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), realizado pelo Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que analisou o estado de saúde da população residente em Portugal, em 2015, com idade entre os 25 e os 74 anos.

 A diabetes era nessa altura mais frequente:

Homens  12,1%
Grupo etário dos 65-74 anos 23,8%
Sem atividade profissional 20,6%
Com menos escolaridade 20,1%

Estes dados foram obtidos a partir das medições da hemoglobina glicosilada efetuadas e de dados obtidos por questionário.

Foram considerados diabéticos as pessoas (não incluindo mulheres grávidas) que tinham hemoglobina glicosilada igual ou superior a 6,5%, que reportaram a toma de medicação para a diabetes nas duas semanas anteriores à entrevista ou que disseram ter diabetes.

O primeiro INSEF foi desenvolvido em 2015 para recolha de informação epidemiológica sobre o estado, determinantes e cuidados de saúde da população portuguesa.

Foram estudadas 4911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), quase dois terços (63,4%) dos quais “sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário” e 11,2% desempregados.

"Este Inquérito teve como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue”, refere o INSA.

 O INSEF tem como finalidade contribuir para “a melhoria da saúde dos portugueses, apoiando as atividades nacionais e regionais de observação e monitorização do estado de saúde da população, avaliação dos programas de saúde e a investigação em saúde pública”.

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