Apanhada a tentar entrar em Portugal com criança sem documentos - TVI

Apanhada a tentar entrar em Portugal com criança sem documentos

  • AM
  • 24 mai 2019, 13:36
Aeroporto

Mulher, proveniente de um voo de Accra, no Gana, dizia ser mãe da menina de 9 anos. Menor afirmou não conhecer a senhora que a acompanhava e que os seu pais se encontravam no Congo

O SEF deteve uma mulher suspeita de tráfico de seres humanos e auxílio à imigração ilegal, que na quinta-feira chegou ao aeroporto de Lisboa com uma criança de 9 anos sem documentos, indicou hoje aquele serviço de segurança.

Em comunicado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras refere que a mulher chegou a Lisboa proveniente de um voo de Accra, no Gana, com paragem em São Tomé, e estava acompanhada de uma criança de 9 anos, alegando ser sua filha, estando ambas as passageiras sem documentos.

Segundo o SEF, foram feitas várias consultas à lista de passageiros, cruzando-as com as identidades verbalmente declaradas, além das consultas ao sistema europeu de vistos, no qual se verificou que a alegada mãe da criança tinha feito vários pedidos de visto e todos com parecer negativo.

“Em conversa informal com os inspetores do SEF, a cidadã estrangeira acabou por dizer que afinal era tia, e não mãe, da criança, e que os seus passaportes tinham ficado na posse de um cidadão congolês e que vinham em turismo para Portugal”, precisa aquele serviço de segurança, sublinhando que a menor afirmou não conhecer a senhora que a acompanhava e que os seu pais se encontravam no Congo.

O SEF avança que se desconhece, para já, os titulares do poder parental e o seu paradeiro, bem como as reais intenções do propósito da viagem.

Esta situação enquadra-se no ‘modus operandi’, detetado já várias vezes pelo SEF, e que consiste na aquisição de bilhete de viagem para destino que permita trânsito em Schengen, sem necessidade de visto de escala, apresentando-se, posteriormente, na fronteira nacional sem documentos, explica aquele serviço.

O SEF refere que a criança foi ouvida no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e encaminhada para uma casa segura, enquanto a mulher foi detida e vai ser hoje presente às autoridades judiciais.

No ano passado, o SEF criou equipas especializadas e vocacionadas para uma intervenção integrada ao nível da proteção e acolhimento das vítimas de tráfico de seres humanos e da investigação criminal.

Estas equipas são multidisciplinares e constituídas por elementos designados pelas direções regionais do SEF, em coordenação com a direção central de investigação do serviço, no âmbito da prevenção e investigação criminal de especial complexidade, como é o tráfico de pessoas.

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