Crianças: carros devem estar sempre trancados - TVI

Crianças: carros devem estar sempre trancados

Sociedade

Associação para a Promoção da Segurança Infantil alerta para perigos

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Os automóveis estacionados devem estar sempre trancados, mesmo dentro de propriedades privadas, porque exercem uma grande atracção sobre as crianças e embora sejam aparentemente inofensivos, encerram em si perigos mortais, alerta a Associação para a Promoção da Segurança Infantil.

«Uma das recomendações que fazemos é a de não deixar carros abertos no pátio da casa ou na garagem. Normalmente em casa as pessoas não sentem necessidade de trancar os carros, porque o objectivo é impedir a invasão por terceiros», afirmou Sandra Nascimento, presidente da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).

A responsável alerta, contudo, que «o carro por si só exerce uma atracção especial sobre as crianças», pelo que o acesso deve estar-lhes vedado, pois é muito perigoso.

O alerta foi deixado pela APSI a propósito da notícia de um rapaz que foi brincar para dentro do carro do pai, estacionado no pátio da casa, acabando por morrer asfixiado lá dentro sem que a família se tivesse apercebido.

Sandra Nascimento diz que embora não sejam muito comuns este tipo de acidentes com carros estacionados, salienta que contabilizados os que aconteceram ao longo do tempo, sobretudo nos últimos anos, «não são tão poucos assim».

Para exemplificar, referiu casos como asfixia no vidro eléctrico do carro, entalões graves nas portas, ou carros que são destravados e deslizam.

«Um carro não parece uma ameaça quando está parado, mas só a criança poder brincar ou ter acesso facilitado já é um perigo e nessa perspectiva de o carro ser um potencial objecto de brincadeira, deve estar sempre fechado e a chave guardada em local que a criança não possa alcançar», frisou.

Quanto a eventual negligência dos pais relativamente à vigilância do filho, Sandra Nascimento salvaguarda que não conhece o contexto em que tudo se passou, mas lembra que estes acidentes não são raros quando há muita gente presente, porque há muitos adultos a tomar conta, mas é uma vigilância dispersa.

Recusando-se a apontar culpas aos pais por falta de vigilância, a responsável lembra que esta é importante mas é o factor que mais falha.

«Somos humanos e não conseguimos estar sempre a focar um mesmo ponto, podemos estar cansados ou distraídos», referiu, acrescentando que deve haver sempre alguém a quem seja atribuída claramente a responsabilidade de tomar conta.

«Os acidentes com crianças mostram que muitas vezes havia um adulto próximo, mas quando se apercebe já é tarde», acrescentou.
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