Reformas de emigrantes e impostos: Governo vai ao Luxemburgo - TVI

Reformas de emigrantes e impostos: Governo vai ao Luxemburgo

  • VC com Lusa
  • 8 fev 2019, 11:24
Marcelo Rebelo de Sousa, José Luís Carneiro e Margarida Marques no Luxemburgo

Reportagem da equipa de Ana Leal denunciou a longa espera por que portugueses emigrados passam para conseguirem ter reforma no Luxemburgo, por culpa da Segurança Social em Portugal

Os secretários de Estado das Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Fiscais iniciam na segunda-feira uma visita ao Luxemburgo. A espera prolongada de documentos da Segurança Social portuguesa necessários para os emigrantes com carreira contributiva em Portugal obterem pensões por invalidez, abonos de família e subsídios de desemprego está entre os assuntos em cima da mesa. Ainda ontem, uma reportagem da equipa de Ana Leal denunciou, no Jornal das 8 da TVI, esta situação. 

Muitos portugueses que vivem no Luxemburgo ja podiam estar reformados, mas são obrigados a trabalhar, mas esperam há anos por um papel que lhes dá acesso direto à reforma naquele país. O problema é que Portugal ainda não tem a totalidade das carreiras contributivas informatizadas.

Esta quinta-feira, em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, afirmou que a visita, não só com os contactos com a comunidade portuguesa no Luxemburgo como com as autoridades locais, resulta do compromisso assumido em outubro do ano passado, na segunda sessão dos "Diálogos com as Comunidades" no Luxemburgo, em que esclareceu sobre as leis eleitorais e o recenseamento automático.

Nessa altura, surgiram duas questões que me levaram a assumir um outro compromisso, de realizarmos um outro 'Diálogos com as Comunidades'. Um dos temas foi o relativo à Segurança Social e às pensões da Segurança Social e outro era relacionado com questões da dupla tributação".

O membro do Governo referiu o objetivo de que os "Diálogos com as Comunidades", lançados em 2016, sejam "sessões tão completas quanto possível", quanto à abordagem da espera prolongada de documentos da Segurança Social para os efeitos já acima referidos, bem como as questões da dupla tributação.

Também a formação profissional e o ensino da língua portuguesa no Luxemburgo constituirão temas de análise com a comunidade portuguesa, cerca de 110 mil portugueses num país que tem 540 mil habitantes.

"Realizámos um acordo que andava a ser procurado desde 2011 relativo à formação profissional na língua portuguesa para trabalhadores da construção civil e para trabalhadores do setor da limpeza e, na medida em que houve mudança de Governo, vamos avaliar os termos em que o acordo está a ser posto em prática", sublinhou.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas referiu ainda que "o acordo sobre a língua portuguesa no Luxemburgo, nomeadamente o acordo relativo à introdução à entrada do denominado ensino complementar", será igualmente avaliado, para se aquilatar da forma "como está a setr implementado e os resultados que está a alcançar".

Da comitiva farão parte o presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, Luís Faro Ramos, o presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional, António Valadas da Silva, e a vogal do Instituto de Segurança Social, Noémia Goulart.

Além da sessão de "Diálogos com as Comunidades", estão previstos encontros com o ministro da Segurança Social do Luxemburgo, Romain Schneider, com o ministro do Trabalho, Dan Kersh, com o ministro da Educação Nacional e da Juventude, Claude Meinsch, e com o diretor-geral dos Assuntos Fiscais luxemburguês, Carlo Fassbinder.

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