«Desaparecem» quatro armas por dia - TVI

«Desaparecem» quatro armas por dia

Pistola

Número foi avançado pelo secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes

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Actualizado às 20:21

Quatro armas são furtadas ou extraviadas por dia em Portugal, disse esta quinta-feira, em Lisboa, o secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, escreve a Lusa.

Numa audição pública organizada pelo Observatório sobre Produção, Comércio e Proliferação de Armas Ligeiras, Rui Sá Gomes adiantou que a maior parte das armas ilegais em Portugal são provenientes de furtos ou extraviadas.

O governante fez também um balanço da actividade das forças de segurança para detecção de armas ilegais em 2008, referindo que foram apreendidas entre Janeiro e Outubro do ano passado, pela PSP e pela GNR, «3.933 armas ilegais, 68 por cento das quais armas de fogo».

A maioria das armas apreendidas são armas de caça transformadas, explicou. Das 3.933 armas, 30 por cento foram apreendidas em operações especiais e o restante em operações rotineiras, adiantou.

304 operações especiais

Disse ainda que «em 2008 as forças de segurança realizaram 304 operações especiais de detecção de armas em Lisboa, Porto, Setúbal, Coimbra, Viseu e Faro».

O Observatório sobre Produção, Comércio e Proliferação de Armas Ligeiras é um organismo da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), entidade laical que funciona junto da Conferência Episcopal Portuguesa e que foi criada com a finalidade genérica de «promover e defender a Justiça e a Paz».

A CNJP actua sob a sua própria responsabilidade, não vinculando a hierarquia católica às suas actividades e tomadas de posição.

No final da audição pública, o secretário de Estado disse aos jornalistas que a meta do Governo é «reduzir a existência de armas ilícitas em Portugal» e o controlo do comércio ilegal.

As ordens dadas às Forças de Segurança é que «prosseguiam e intensifiquem» o combate, adiantou. No entanto, sustentou que o combate à criminalidade não se faz apenas com acções de «prevenção e repressão», mas também através de «uma resposta multifacetada» de intervenção nos bairros e da rede social.

Legislação «complexa»

Rui Sá Gomes justificou o atraso da aprovação no parlamento da alteração à Lei das Armas com o facto de ser uma legislação «complexa» que exigiu ouvir «muita gente».

«Demorou o tempo que os deputados entenderam», disse, mostrando-se esperançando que «rapidamente seja aprovada».

O governante acrescentou que os deputados estão a trabalhar nas alterações à lei, que classificou como «um bom instrumento» no combate à criminalidade.
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