Violência policial: UMAR pede abertura de inquérito - TVI

Violência policial: UMAR pede abertura de inquérito

Violência policial

Incidentes ocorreram a 15 de Outubro na Arrentela, no concelho do Seixal

A União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) pediu esta quarta-feira ao Ministério da Administração Interna a abertura de um inquérito e a condenação pública de uma alegada agressão policial ocorrida em 15 de Outubro na Arrentela, Seixal, noticia a Lusa.

Em comunicado, a UMAR refere que «a polícia agrediu, violentou e brutalizou diversas pessoas» que conviviam num jardim, após uma festa do primeiro aniversário de um bebé do bairro, que terminou pelas 22:00 nas instalações da Associação Khapaz.

«Algumas pessoas permaneceram no jardim a conviver, o que motivou uma denúncia à polícia, tendo esta respondido com uma intervenção altamente agressiva, corporizada, violenta, sexista e racista», lê-se no comunicado, acompanhado de um vídeo da alegada violência policial (ver final da peça).

Para a UMAR, «esta forma de intervenção policial, que se verifica diversas vezes, ocorre numa lógica de criminalização da pobreza, da miséria e da vulnerabilidade social e económica, especialmente quando se trata de pessoas negras, ciganas e brancas pobres».

A UMAR salienta que a intervenção policial na Arrentela ocorreu no mesmo dia em que milhares de «indignados» se manifestaram reclamando «uma democracia verdadeira».

«A polícia, instrumento de acção repressiva directa do Estado, promove a violência policial no espaço público, sobretudo contra classes sócio económicas desfavorecidas e contra as pessoas migrantes e as mulheres. Neste sentido assistimos a um investimento no Estado policial e por outro lado a um desinvestimento no Estado social», critica a associação.

No pedido, subscrito por mais 14 associações e meia centena de pessoas, a UMAR e a Khapaz solicitam ao MAI e ao inspector-geral da Administração Interna a «abertura de inquérito sobre esta actuação, bem como condenação pública do abuso de poder policial».

Veja o vídeo:

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