A Polícia Judiciária deteve sete suspeitos do sequestro de um empresário em Lamaçães, Braga, em março deste ano. Entre os detidos, que têm entre 27 e 41 anos, estão dois advogados e um indivíduo com antecedentes criminais por tráfico de estupefacientes e tentativa de homicídio. Foram realizadas buscas em Braga e no Porto relacionadas com este caso, no âmbito de uma operação denominada "Fire ball".
A TVI apurou que a PJ acredita fortemente na tese de homicídio e que o empresário foi morto na noite do rapto. Ainda de acordo com a Judiciária, o homicídio terá sido encomendado pelos dois advogados.
Em comunicado enviado à Lusa, a PGR confirmou a "realização de diligências de busca e apreensão", no âmbito de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Braga.
"O inquérito encontra-se em segredo de justiça", acrescenta o comunicado.
O homem de 43 anos foi levado por três homens encapuzados de junto da casa onde vive, na freguesia de Lamaçães, em Braga. Estava com a filha na altura do sequestro.
O escritório do advogado de Braga Pedro Grancho Bourbon foi um dos alvos das buscas hoje efetuadas no âmbito da investigação ao caso do rapto de um empresário daquela cidade, registado a 11 de março.
O presidente da delegação de Braga da Ordem dos Advogados, António Barbosa, disse à Lusa que foi chamado para acompanhar as buscas àquele escritório, levadas a cabo pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público.
António Barbosa escusou-se a avançar quaisquer outros pormenores sobre o caso. Segundo alguma imprensa, Pedro Grancho Bourbon terá sido advogado das empresas do empresário raptado e do pai, que entretanto foram declaradas insolventes.
O empresário de 43 anos foi raptado a 11 de março, em Lamaçães, Braga, quando se preparava para entrar em casa. O rapto foi testemunhado pela filha da vítima, de oito anos. Os raptores atuaram encapuzados e armados, agrediram o empresário e levaram-no de carro. Desde então, o empresário nunca mais foi localizado.
As autoridades admitem que na origem do rapto poderá ter estado um "ajuste de contas", relacionado com alegadas dívidas do empresário.