Portugal vai enviar peritos do SEF e militares para a Grécia - TVI

Portugal vai enviar peritos do SEF e militares para a Grécia

Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

Medida vai de encontro ao acordo que prevê o regresso à Turquia dos migrantes ilegais que cheguem à Grécia

Inicialmente o gabinete de imprensa do MAI tinha avançado à Lusa que iriam ser enviados para a Grécia 40 peritos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e um juiz, mas depois esclareceu que, para já, Portugal só garante a deslocação dos elementos da força de segurança.

A disponibilidade de Portugal enviar peritos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e um juiz foi manifestada, no sábado, durante uma reunião, através de videoconferência, entre os Estados-Membros da UE para decidir o apoio prestado no âmbito do acordo que prevê o regresso à Turquia dos migrantes ilegais que cheguem à Grécia.


Ainda não há uma data para o envio dos 40 peritos do SEF, que vão ter valências em readmissão, retorno e escoltas para afastamento de cidadãos irregulares. Vão também ser enviados para a Grécia peritos do SEF em asilo, mas ainda não se conhece o número, segundo o gabinete de imprensa do Ministério da Administração Interna (MAI).

Entretanto, no âmbito da Frontex (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia) e no prazo de um mês, Portugal vai enviar para a Grécia mais sete peritos do SEF, que se juntam a outros sete que já se encontram no país.

No acordo entre a União Europeia e a Turquia, Portugal manifestou-se também disponível para enviar para a Grécia, através da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) material de apoio. O acordo, que entrou em vigor no domingo, prevê que todos os migrantes irregulares oriundos da Turquia e que entrem nas ilhas gregas sejam devolvidos à Turquia.

Após a assinatura do acordo UE -Turquia, na sexta-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que a aplicação do acordo vai custar entre 280 e 300 milhões de euros nos próximos seis meses. Juncker adiantou que a Comissão Europeia ficou com a coordenação da logística e que Bruxelas tem "que pôr quatro mil pessoas a trabalhar para se conseguir pôr em prática o acordo", que estipula que cada pedido de asilo seja tratado individualmente.

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