O Tribunal de Família e Menores ordenou a retirada imediata de uma criança de quatro anos que vivia dentro de uma casa cheia de lixo. A decisão do tribunal foi anunciada após a intervenção de militares da GNR, numa casa da Quinta do Conde, em Sesimbra.
Ao que a TVI conseguiu apurar, os militares descobriram a criança numa situação deplorável, a viver no meio de lixo, fezes de animais e por baixo de um teto fustigado pelos dejetos de moscas.
Terá sido só após a denúncia de um cadáver de um gato em decomposição, na varanda da casa, que as autoridades verificaram a situação e alertaram a CPCJ para o perigo em que as crianças viviam.
O menino vivia na casa com a mãe, a avó e um irmão com oito meses, juntamente com dezenas de animais. Sabe a TVI que a denúncia veio dos vizinhos da casa, que já não suportavam o mau cheiro e que já tinham realizado o mesmo pedido.
Foi contratada uma empresa de desinfeção e limpeza de cenários de crime. A mãe da criança era vista muitas vezes a limpar o espaço ao redor da casa, dizem vizinhos.
O tribunal, entretanto, ordenou que ambas as mulheres fossem internadas convulsivamente. A mãe e a avó da criança foram internadas no Hospital de São Bernardo, em Setúbal.