Gaivotas e golfinhos encontrados mortos no estuário do Sado - TVI

Gaivotas e golfinhos encontrados mortos no estuário do Sado

  • AG - atualizada a 15/01 às 10:10
  • 14 jan 2020, 10:58

SOS Animal pediu esclarecimentos aos grupos parlamentares

Foi encontrado um golfinho arrojado morto no estuário do rio Sado esta segunda-feira, em Setúbal. Segundo a SOS Animal, este é o quinto animal da espécie a ser encontrado sem vida nos últimos dias. O grupo menciona ainda que várias gaivotas têm sido encontradas em condições semelhantes.

Segundo a SOS Animal, as gaivotas foram encontradas "moribundas ou já mortas" junto à costa de Tróia. A organização refere relatos de embarcações, que falam em aves nas mesmas condições junto à área da restinga (zona do areal do rio). Estes animais estarão perto da localização onde tem sido feita a deposição dos dragados.

Através de um post publicado no Facebook da página, a SOS Animal afirma que as mortes destes animais surgem "no seguimento das preocupações manifestadas pela SOS Animal sobre as consequências devastadoras das dragagens do Sado no ecossistema local".

A organização informou que já enviou uma nota a pedir esclarecimentos aos grupos parlamentares.

Apelámos por isso aos grupos parlamentares que solicitassem esclarecimentos junto das entidades competentes e autarquias, recomendando ainda o esclarecimento público destas questões de interesse nacional, não só para confirmar as consequências nefastas das dragagens do Sado no ecossistema, mas também nos seus habitantes e na saúde pública", refere a publicação da SOS Animal.

 

Desde meados de dezembro passado que estão a decorrer obras no estuário do Sado, tendo em vista a ampliação do porto de Setúbal. Desde o início das dragagens que pescadores e ambientalistas se têm manifestado contra a intervenção.

A função de uma dragagem é retirar areia e limpar as águas de um curso de água, e é utilizado de forma frequente para a ampliação de portos, como é o caso.

Em comunicado enviado à TVI, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas fez saber que "a situação descrita será avaliada em conjunto com as entidades que fazem parte da rede de arrojamentos e dessa avaliação será dada nota pública".

 

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