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Igreja admite preservativo em condições extremas

Sociedade

O bispo das Forças Armadas acredita que na luta contra o vírus do HIV/Sida a Igreja Católica tem de estar sempre «do lado da vida»

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Apesar de corroborarem as declarações do Papa, alguns responsáveis da Igreja Católica portuguesa admitem que «em condições extremas» o uso do preservativo pode ajudar a combater a sida.

Papa: «Preservativos não são solução para a sida»

D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas e das Forças Policiais, afirma que a «solução para o problema da sida não passa pela distribuição de preservativos», no entanto, na luta contra um inimigo letal, como é o vírus do HIV/Sida, a Igreja Católica tem de estar sempre «do lado da vida», noticia a Lusa.

«O nosso rebanho é maior que o do Papa»

D. Januário Torgal Ferreira acredita que «não pode haver uma concepção genérica, há situações tão graves de infecção que levam à morte e por isso defendo a cultura da vida, como também sou contra a tortura e a pena de morte e contra o aborto»

Manuel Morujão, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, defende que «não é facilitando por essa maneira (utilização de preservativos) que se ultrapassa o problema da propagação da doença», acima de tudo «isto tem que acontecer pela educação das pessoas.

Não se pode dizer «façam como entenderem», temos um instrumento mágico que liberta as pessoas da sida». No entanto, afirmou que a utilização dos preservativos pode fazer «parte do caminho rumo a uma solução», sobretudo em casos extremos, mas sublinhou que «não se pode entrar no caminho do facilitismo», considerando que isso «seria enganar as pessoas».

«Existe compreensão para os casos que não possam cumprir o que a Igreja dita como sendo ideal. Há essa tolerância, mas a compreensão dos casos particulares não deve baixar a fasquia da exigência», defendeu Manuel Morujão.

A Igreja Católica, que se afirma na linha da frente do combate à sida, encoraja a abstinência para impedir a propagação da doença. No entanto, padres e freiras que trabalham com vítimas da sida em África questionam a posição da Igreja contra o preservativo.
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