A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou, esta terça-feira, que a multiplicação das empresas de segurança e o volume de negócios reflectem o «falhanço das políticas de combate ao sentimento de insegurança», refere a Lusa.
«Embora a segurança privada possa ser útil e imprescindível em algumas funções, a multiplicação destas empresas vem no seguimento do falhanço das políticas de combate ao sentimento de insegurança, que se tem acentuado ao longo dos últimos anos, sendo o volume de 650 milhões de euros gerado por estas empresas - semelhante ao orçamento da PSP para 2009 - um sintoma disso mesmo», refere a ASPP em comunicado.
A associação sindical reagia ao relatório anual de segurança privada, divulgado segunda-feira, que destaca que o sector envolveu, no ano passado, 160 entidades licenciadas e 38.928 vigilantes activos registados, tendo o volume de negócios da actividade ascendido a cerca de 650 milhões de euros.
A ASPP sublinha que o Estado «não pode transmitir aos cidadãos a ideia de que apenas estão seguros se comprarem os serviços de empresas privadas» e considera que «nunca» se deve confundir a actividade dos polícias com a área de acção dos seguranças privados, que devem actuar como complemento das forças de segurança.
O relatório anual de segurança privada revela ainda que mais de duas mil empresas ou profissionais de segurança privada foram alvo de processos de contra-ordenação em 2008, o que representa um aumento de quase 60 por cento face a 2007.
Mais seguranças privados representam «falhanço»
- Redação
- CP
- 17 mar 2009, 20:14
Sindicato da PSP «atira-se» aos números do relatório anual de segurança privada
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