Acidentes: os pontos negros em Lisboa são... - TVI

Acidentes: os pontos negros em Lisboa são...

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Entre o quilómetro 1 e 20 da A1, IC19, IC17, bem como na A5 e ainda nas avenidas 24 Julho, da Índia e Brasília

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No distrito de Lisboa morrerem 181 pessoas no biénio 2009-2010 em acidentes de viação, que causaram ainda ferimentos graves em mais 513 e ferimentos ligeiros em 214, de acordo com um relatório apresentado esta segunda-feira.

No biénio 2009-2010 houve um total de 589 acidentes graves, envolvendo um total de 895 viaturas, na sua maioria provenientes de colisões, 239. Quarenta e dois por cento destes acidentes ocorreram entre as 20h00 e as 07h00.

Os desastres sucederam em situações de boas condições atmosféricas (76 por cento), de luminosidade (53 por cento) e de estado de conservação da via (56 por cento).

Na apresentação do relatório sobre sinistralidade no distrito, o Governador Civil de Lisboa, António Galamba, disse que «houve uma redução da sinistralidade» face a 2008, havendo, no entanto, «um aumento do número de mortos».

«Bastava haver uma vítima mortal a mais para ser preocupante, daí a necessidade de entrarmos no detalhe e no pormenor porque só assim é que continuaremos a reduzir a sinistralidade», afirmou António Galamba.

O Governador Civil disse ainda que «os pontos negros tradicionais onde acontecem mais acidentes encontram-se entre o quilómetro 1 e 20 da A1, IC19, IC17, bem como na A5 e nas avenidas da cidade de Lisboa: 24 Julho, da Índia e Brasília».

António Galamba salientou também que no distrito, os acidentes têm maior incidência no concelho de Lisboa, mas também nos «concelhos urbanos do distrito com eixos fundamentais como Sintra, Amadora, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e Oeiras, que são centros que são atravessados por muitas e importantes redes viárias do distrito».

No entanto, o Governador Civil sublinhou que apesar de a maior incidência de acidentes ocorrer nas grandes vias, é necessário «dar atenção ao detalhe».

«Continuamos a ter muitos acidentes por atropelamento: só nestes dois anos tivemos 189 acidentes por atropelamento», disse.

Segundo o relatório de sinistralidade 2009-2010, «os principais centros urbanos são os responsáveis pela esmagadora maioria dos atropelamentos: a maioria das vítimas mortais causadas por atropelamento verifica-se nos centros das principais cidades do distrito e mais de metade dos atropelamentos em passadeiras ocorreram em zonas de mudança de direcção».

«Onde acontecem acidentes são estradas com qualidade, algumas delas recentes, e as causas destes acidentes são as tradicionais: o excesso de velocidade, eventual consumo de álcool e uma atitude muito agressiva, quando devia ser de auto-defesa», disse.

António Galamba admitiu ainda que «actual situação financeira tenha impactos negativos na própria qualidade da circulação das viaturas, em algum desleixo nas manutenções, nas revisões, mudança de pneus, etc. É uma matéria que nos preocupa porque coloca em risco a segurança das pessoas».
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