Declarações do presidente do Instituto do Sangue são "lamentáveis" - TVI

Declarações do presidente do Instituto do Sangue são "lamentáveis"

Sangue

Secretário-geral da Juventude Socialista afirmou, na quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Saúde, que é um fator de exclusão para a dádiva de sangue ser homem e ter tido sexo com outros homens

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O secretário-geral da JS considerou esta quinta-feira “lamentáveis” e “desrespeitadoras” as declarações do presidente do Instituto Português do Sangue, que afirmou que ser homem e ter tido relações sexuais com outros homens é motivo de exclusão para dar sangue.

O dirigente da Juventude Socialista (JS) João Torres classificou as declarações do presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) como “lamentáveis a todos os níveis”, e “desrespeitadoras dos mais básicos princípios de um Estado de direito”, segundo um comunicado enviado às redações.

O presidente do IPST, Hélder Trindade, afirmou na quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Saúde, que é um fator de exclusão para a dádiva de sangue ser homem e ter tido sexo com outros homens, atendendo às taxas de prevalência de infeção com o vírus da sida.

Hélder Trindade afirmou que “o contacto sexual de homens com outros homens é definido como fator de risco”, acrescentando que o instituto não faz qualquer discriminação em função da orientação sexual, mas sim em função da prática sexual.

O dirigente socialista foi mais longe e afirmou que as afirmações de Hélder Trindade são promotoras de uma “cultura medieval em pleno século XXI”, classificando a prática do IPST como “bizarria” e “brutal descriminação”, continua a nota.

Segundo o comunicado, João Torres pediu ainda ao Governo para se retratar e retirar “as devidas ilações políticas deste caso”, declarando que a falta de reação do executivo “aprofunda a conivência com estas declarações”.

“Os atuais critérios de seleção de dadores de sangue violam o princípio constitucional da não discriminação em função da orientação sexual”, refere João Torres na nota, acrescentando que também “diminuem os homossexuais a uma condição de inferioridade e de segregação, naquela que é uma medieval tradição de associação da orientação sexual a atos de perversão” e “condição de marginalidade”.

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