ERS: famílias pagam de mais pelos serviços de saúde - TVI

ERS: famílias pagam de mais pelos serviços de saúde

Idosos no hospital

Presidente da Entidade Reguladora da Saúde diz que «está a ser pedido um esforço financeiro maior do que seria razoável»

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O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) considerou, esta sexta-feira, excessivo o valor que as famílias pagam diretamente pelos serviços de saúde, classificando-o de «uma luz amarela, quase vermelha».

Jorge Simões falava durante a Reunião Nacional de Comissões de Ética, que hoje decorre no Hospital da Luz, em Lisboa.

Números apresentados pelo presidente da ERS indicam que, em 2011, as famílias gastaram com os cuidados de saúde 4.835 milhões de euros, o que representa 28,9 por cento do financiamento privado.

«Está a ser pedido às famílias um esforço financeiro maior do que seria razoável», disse.

O resto do financiamento privado é feito através dos subsistemas privados (1,9 por cento), de seguros de saúde privados (3,1 por cento) e de outras instituições (0,6 por cento), o que totaliza 34,5 por cento da despesa corrente em saúde.

Os restantes 65,5 por cento (10.953 milhões de euros) referem-se a financiamento público e estão distribuídos pelo Serviço Nacional de Saúde (55 por cento), subsistemas públicos (3,8 por cento), outras unidades da administração pública (5,3 por cento) e fundos da segurança social (1,4 por cento).

Oito mil reclamações: assistência administrativa lidera queixas

Quase 8.000 reclamações de utentes dos serviços de saúde foram registadas pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) no ano passado.

A qualidade da assistência administrativa lidera as reclamações (19.939), reunindo um quarto das queixas, seguindo-se a qualidade da assistência de cuidados de saúde (1.504) e os tempos de espera superiores a uma hora (1.503).

As questões financeiras motivaram 725 queixas, 684 referem-se a folhas de reclamação anuladas e 466 estão relacionadas com questões de acesso.

A qualidade de assistência humana foi o motivo de 448 reclamações, 236 devem-se a instalações e 216 a tempos de espera inferiores a uma hora.

As questões legais estiveram na origem de 93 queixas, e a discriminação, de 17. Outros motivos foram responsáveis por 78 reclamações.

Em 2011, registaram-se 8.191 reclamações e, em 2010, 7.909.
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