Terceira dose da vacina: "Não existe consenso. Por segurança, preferimos esperar" - TVI

Terceira dose da vacina: "Não existe consenso. Por segurança, preferimos esperar"

Lacerda Sales no 26.º Congresso Nacional de Medicina Interna

Lacerda Sales reforça o objetivo de ter 85% dos portugueses imunizados com duas doses da vacina contra a covid-19 entre a terceira e quarta semana de setembro

A Madeira cansou-se de esperar e está a preparar-se para começar a administrar a terceira dose da vacina contra a covid-19 sem aguardar pela decisão das autoridades nacionais. O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, explica que Portugal continental vai continuar a esperar por indicações da Direção-geral da Saúde e da Agência Europeia do Medicamento.

A DGS e a EMA ainda não nos deram indicações claras para essa matéria. Não existe consenso. Portanto, por uma medida cautelar, preventiva e de segurança preferimos esperar que venham essas indicações”, explica Lacerda Sales.

Quanto à novidade, divulgada na terça-feira pelo vice-almirante Gouveia e Melo, sobre a vacinação de recuperados há três meses, o Secretário de Estado da Saúde explica que a medida deverá incidir sobre menos de 300 mil portugueses.

Lacerda Sales lembra que a alteração foi motivada pela "decisão do órgão técnico" e que todos os abrangidos pela nova norma podem ser imunizados através da "modalidade de casa aberta”.

O responsável está confiante que Portugal vai atingir a meta dos 85% de cidadãos com esquema vacinal completo entre a terceira e quarta semana deste mês.

O processo de vacinação tem corrido muito bem e isso deve-se aos portugueses e é com grande orgulho que nós portugueses dizemos isso. Temos 84% da população com a primeira dose e 74% com esquema vacinal completo”, acrescenta o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

O Governo tinha anunciado na segunda-feira que o SNS já tinha atingido os números de atividade assistencial pré-pandémicos. Lacerda Sales vai mais longe e diz mesmo que a linha de 2019 já foi ultrapassado.

A recuperação da atividade assistencial tem sido muito boa. São indicadores de esperança. Quer em consultas presenciais e não-presenciais, quer em consultas hospitalares, quer em cirurgias tem havido uma recuperação muito grande em relação ao ano de 2020, mas o que relevo aqui é já haver uma recuperação e números superiores a 2019. Estamos acima da linha daquilo que foi o ano de 2019, um ano pré-pandémico. Isto é um indicador de esperança e confiança para continuarmos com esta recuperação da atividade assistencial”, culmina Lacerda Sales.

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