Incêndio em Alijó faz três feridos e alastra-se a Murça - TVI

Incêndio em Alijó faz três feridos e alastra-se a Murça

  • CM e MM - notícia atualizada às 00:50
  • 24 jul 2019, 16:20

Autoestrada A4 já foi reaberta, depois de ter estado mais de seis horas cortada

O incêndio em Alijó, Vila Real, que lavra desde as 15:05 em três frentes, já fez três feridos, apurou a TVI, e está a dirigir-se para a vila de Murça. 

Um dos feridos, um civil, de 48 anos, sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau, tendo ficado com 10% do corpo queimado. Os outros dois feridos são um militar da GNR, que partiu o braço esquerdo, e uma bombeira que se sentiu mal por causa da inalação de fumo.

Este fogo obrigou ao corte da autoestrada A4, no sentido Vila Real/Bragança, entre os nós de Pópulo e Murça, segundo indicou a GNR, por causa do fumo que afeta a visibilidade dos condutores. Entretanto, a autoestrada reabriu ao trânsito pelas 23:30 de quarta-feira, depois de várias horas fechada.

Além da A4 foram também cortados o IC5 e a EN212, mas estas duas últimas já foram reabertas.

Uma das frentes deste incêndio está a dirigir-se para a vila de Murça, disse o comandante operacional distrital de Vila Real (CODIS).

Álvaro Ribeiro, num ponto de situação feito pelas 20:30, afirmou que o fogo teve projeções que “passaram a A4” e referiu que a “maior preocupação” está concentrada na frente que se dirige para Murça.

O comandante adiantou que os meios terrestres estão a ser encaminhados para aquela zona, salientando, no entanto, as “dificuldades em operar por falta de acessos”, porque se trata de “uma zona com declive bastante acentuado”.

“Mas estamos a concentrar meios que vão trabalhar com ferramentas manuais”, explicou.

No concelho de Alijó, segundo o CODIS, estão a ser retirados meios das zonas onde o fogo está consolidado e a posicioná-los nos locais onde ainda há preocupações.

“Temos alguns setores com cerca 90% do incêndio dominado e em 10% os trabalhos decorrem a bom ritmo”, referiu.

Álvaro Ribeiro disse que o “vento tem sido bastante” e “talvez tenha sido o maior obstáculo ao combate desde a fase inicial”.

“Fizemos um ataque inicial muito musculado, com dois meios aéreos e sete equipas, e o vento era de tal forma que nós não conseguimos na fase inicial debelar o incêndio. Contudo, houve de imediato reforço de meios, mas houve projeções e foi difícil contermos o incêndio”, salientou.

De acordo com o CODIS, as previsões apontam para uma diminuição da intensidade do vento e para um aumento da humidade relativa, durante a próxima madrugada, o que “dá vantagem para o combate”.

Segundo a última atualização da Proteção Civil, às 21:40, este incêndio está a ser combatido por 343 operacionais, assistidos por 102 veículos terrestres. No combate às chamas chegaram a estar empenhados dez meios aéreos.

Devido às projeções levadas pelo vento forte, passou a Autoestrada 4 (A4) para o concelho de Murça.

O CODIS referiu que a preocupação é o vento, que poderá provocar reativações.

“A nossa preocupação principal é Murça. Estamos a tentar combater o incêndio numa frente de fogo que está na encosta, de acessos inexistentes para veículos e toda essa frente de incêndio vai ser trabalhada com ferramentas manuais e pessoal apeado”, explicou Álvaro Ribeiro.

O fogo chegou às portas de Murça. Maria Bento, que vive num bairro junto à vila, disse que esta tarde foi surpreendida pelo fumo negro muito intenso e o fogo muito perto de sua casa.

“Estava dentro de casa a descansar com o neto, cheirou a fumo, vim espreitar à varanda e já vi tudo cheio de fumo preto e o fogo já estava aqui a chegar”, contou à Lusa.

Maria Bento referiu que desceu a rua, andou a molhar a zona próxima da casa com mangueiras e fez questão de frisar que os bombeiros “foram impecáveis” e “controlaram tudo” .

Novo incêndio em Castelo Branco

Um novo incêndio no distrito de Castelo Branco, desta feita no próprio concelho, na localidade de Sobral de Campo, chegou a ser classificado como "ocorrência importante", mas, por volta das 00:15 horas, de quinta-feira, as duas frentes já estavam dominadas.

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou que o incêndio não ameaça nenhuma localidade, mas que uma frente do fogo piorou pouco depois das 19:00.

Não há, felizmente, nenhuma localidade em perigo. Esperemos que se mantenha assim", afirmou o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, em declarações à agência Lusa.

O autarca, que se deslocou ao local para acompanhar os trabalhos de combate às chamas, explicou que no terreno estão a ser feitos todos os esforços para controlar o incêndio que lavrava àquela hora entre a localidade de Sobral do Campo e a freguesia de São Vicente da Beira, nas proximidades da barragem do Pisco, no concelho de Castelo Branco.

Luís Correia adiantou que no terreno, além das forças de Proteção Civil e bombeiros voluntários, estiveram máquinas de rasto, algumas das quais contratadas pelo município de Castelo Branco.

Neste momento é o que posso dizer. A Proteção Civil está a tentar controlar o incêndio", concluiu.

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