Advogado: «Ninguém está em boas condições humanas numa prisão» - TVI

Advogado: «Ninguém está em boas condições humanas numa prisão»

João Araújo à saída da prisão de Évora depois de uma segunda visita ao ex-primeiro-ministro

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João Araújo declarou, esta sexta-feira, à saída de prisão de Évora que «ninguém está em boas condições humanas numa prisão», referindo ao estado de José Sócrates, detido há mais de uma semana no Estabelecimento Prisional de Évora.

Em resposta a uma pergunta da TVI sobre os pedidos de roupa quente do ex-primeiro-ministro, o advogado João Araújo respondeu: «Ninguém está em boas condições humanas metido numa prisão, nenhumas condições são aceitáveis».

Irritado com os jornalistas, o advogado de José Sócrates não especificou a data em que o recurso para o Tribunal da Relação será entregue, dizendo apenas que «o recurso será entregue conforme eu disse».

«O recurso será entregue conforme eu disse [quando estiver pronto] e, quando for entregue, os senhores terão conhecimento não só de que eu o entreguei, como terão conhecimento do recurso».


Tal como na semana passada, o causídico voltou hoje a estar acompanhado por outro advogado, que se identificou à porta da prisão como Pedro Pulido.

Sobre a disposição de José Sócrates, João Araújo declarou sempre que o «engenheiro está muito bem». «O engenheiro José Sócrates está sempre muito animado, eu é que me começo a enxofrar», disse.

O advogado criticou ainda as informações veiculadas no Correio da Manhã desta sexta-feira, que fez manchete com a informação: «Amigo de Sócrates financia casa de Fava», dizendo que «foi uma vigarice». 

Na semana passada, João Araújo tinha dito que ia avançar com o recurso da prisão preventiva, mas questionado hoje pelos jornalistas sobre se já sabia qual o dia concreto, limitou-se a acrescentar que dependia de quando estivesse pronto.

A 21 de novembro último, o antigo líder do PS foi detido e, após interrogatório judicial, ficou em prisão preventiva, por o juiz considerar existir perigo de fuga e de perturbação da recolha e da conservação da prova.

Está indiciado dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada num processo que envolve outros arguidos, incluindo o empresário e seu amigo de longa data Carlos Santos Silva, também em prisão preventiva.
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