Freeport: «Há políticos associados», diz DCIAP - TVI

Freeport: «Há políticos associados», diz DCIAP

Freeport (arquivo)

Cândida de Almeida garante que não há suspeitos, mas afirma que processo é «urgente»

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A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida de Almeida, garantiu esta quarta-feira que no «caso Freeport» não existem suspeitos nem arguidos e que o processo é «urgente» por haver nomes de políticos associados, revela a Lusa.

«Relativamente ao Freeport, quero explicar que é um processo em que se buscam elementos de cruzamento de informação. Não há qualquer suspeita relativamente a ninguém, não há arguidos constituídos», disse.

A procuradora-geral adjunta falava aos jornalistas à margem de uma conferência sobre Violência Doméstica, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, em Lisboa.

Cândida de Almeida não estabeleceu prazos para a conclusão das perícias, sob pena de não serem cumpridos, mas afirmou que o processo é «urgente», tendo em conta que há nomes de políticos associados ao caso.

«Todos os (processos) de políticos têm de ser rápidos, porque são cidadãos que são o nosso espelho e vão intervir sobretudo neste ano de campanhas eleitorais. Seja qual for o político, temos de nos ultrapassar para esclarecer os assuntos», realçou.

Processo aguarda perícias e resposta de Inglaterra

A directora do DCIAP explicou que este processo aguarda ainda uma «parte essencial» da carta rogatória pedida em 2005 às autoridades inglesas, além do resultado das perícias, nas quais estão a trabalhar três investigadores a tempo inteiro.

«Não podemos pedir às autoridades estrangeiras que cumpram as nossas prioridades, porque nós temos prazos e elas não», disse. «Estamos à espera destas duas situações: o que falta da carta rogatória e da conclusão das perícias, e estas suponho que não demorarão muito, porque o Procurador-Geral da República e o Director da Polícia [Judiciária] resolverão o assunto», acrescentou ainda.

O processo relativo ao espaço comercial do Freeport de Alcochete está relacionado com suspeitas de corrupção na alteração à Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPET) decidida três dias antes das eleições legislativas de 2002 através de um decreto-lei.
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