Operação Marquês: Sócrates quis falar depois das suas testemunhas, mas juiz recusou - TVI

Operação Marquês: Sócrates quis falar depois das suas testemunhas, mas juiz recusou

  • HMC
  • 18 out 2019, 18:22
Sócrates apresenta novo livro

Ex- primeiro-ministro quis ser interrogado após a inquirição de ex-ministros socialistas, mas o juiz de instrução não permitiu

José Sócrates, arguido na Operação Marquês, pretendia ser interrogado após a inquirição das suas testemunhas, os ex-ministros Mário Lino, Maria de Lurdes Rodrigues e António Mendonça, mas o juiz de instrução recusou.

Num requerimento apresentado pela sua defesa, o ex-primeiro-ministro requereu a alteração da ordem de inquirição das suas quatro testemunhas, os três antigos ministros e Raul Vilaça e Moura, que foi presidente do júri do concurso das PPP da RAVE Rede Ferroviária de Alta Velocidade) do troço Poceirão/Caia, tendo pedido que estas fossem depor nos dias 28 e 29 de outubro, dias reservados pelo tribunal para o seu interrogatório, passando ele para os dias 25 e 26 de novembro.

Contudo, na quinta-feira o juiz de instrução Ivo Rosa negou o pedido, alegando que, nesta fase, não via qualquer utilidade na ordem de produção de prova sugerida pelo arguido, mantendo-se assim o interrogatório de José Sócrates no dia 28, e, caso seja necessário nos seguintes.

Sócrates pediu para Maria de Lurdes ser ouvida nesta fase processual alegando que era ministra da Educação na altura do projeto Parque Escolar e que tem conhecimento dos factos relacionados com as obras adjudicadas.

Três ex-ministros socialistas interrogados em dezembro

O interrogatório dos ex-ministros socialistas Mário Lino, Maria de Lurdes Rodrigues e António Mendonça, arrolados por José Sócrates como testemunhas na fase de instrução da Operação Marquês, foi adiado para o início de dezembro.

No processo, consultado esta sexta-feira pela agência Lusa, o interrogatório dos ex-governantes e também Raul Vilaça, as quatro testemunhas arroladas por José Sócrates, estava inicialmente marcado para 25 e 26 de novembro, imediatamente antes do arguido Carlos Santos Silva, que vai começar a ser interrogado a 27, mas o juiz adiou para dezembro as diligências.

O juiz de instruções considerou que a inquirição das testemunhas poderia ser adiada, até porque, necessitava de tempo para preparar o interrogatório do empresário Carlos Santos Silva, um dos principais arguidos do processo, que poderá demorar mais do que uma sessão.

Segundo um despacho de Ivo Rosa, Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas de 2005 a 2009, vai ser interrogado a 02 de dezembro, às 14:00 horas, e Raul Vilaça Moura, presidente do júri do concurso das PPP da RAVE Rede Ferroviária de Alta Velocidade) do troço Poceirão/Caia, às 15:30.

O debate instrutório, fase pública da instrução, está marcado para as tardes dos dias 27, 28, 29 30 e 31 de janeiro de 2020, no Campus de Justiça de Lisboa.

A Operação Marquês conta com 28 arguidos – 19 pessoas e 9 empresas -, entre os quais o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o banqueiro Ricardo Salgado, o empresário e amigo de Sócrates Carlos Santos Silva e altos quadros da Portugal Telecom e está relacionado com crimes de corrupção, ativa e passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal.

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