Ataque em Alcochete: detido em Angola braço direito de Mustafá - TVI

Ataque em Alcochete: detido em Angola braço direito de Mustafá

  • Inês Pereira
  • 24 jan 2019, 11:47
Mustafá sai em liberdade do Tribunal do Barreiro

Alano Silva é um dos principais suspeitos do ataque à academia do Sporting

O braço direito de Mustafá e um dos principais suspeitos do ataque à Academia de Alcochete foi detido em Angola. Alano Silva, de nacionalidade angolana, foi para Luanda depois das agressões na academia do Sporting.

Foi localizado e detido e deverá ser ainda esta quinta-feira presente a juiz. A extradição para Portugal é improvável, por se tratar de um cidadão angolano, mas, caso o arguido aceite ser extraditado sem objeções, o processo pode ser rápido.

Em alternativa, o arguido pode ser julgado em Angola, num processo à parte, pelos crimes de terrorismo, sequestro, incêndio, ofensas à integridade física e ameaças.

O processo, que conta com 44 arguidos, entre eles Bruno de Carvalho, é considerado de especial complexidade e aguarda data para abertura da fase instrutória.

Os primeiros 23 detidos pela invasão à academia e consequentes agressões a técnicos, futebolistas e outros elementos da equipa 'leonina', ocorridas em 15 de maio do ano passado, ficaram todos sujeitos à medida de coação de prisão preventiva em 21 de maio.

Em 15 de novembro, exatamente seis meses após o ataque à academia do Sporting, em Alcochete, a procuradora Cândida Vilar, do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, deduziu acusação contra 44 arguidos do processo.

Desses 44, 38 mantêm-se sujeitos à medida de coação mais gravosa: a prisão preventiva. Os restantes seis arguidos, incluindo o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e o líder da claque Juventude Leonina, encontram-se em liberdade, sendo que estes dois últimos estão obrigados a apresentações diárias às autoridades.

A procuradora do MP não recorreu da medida de coação aplicada a Bruno de Carvalho, mas apresentou recurso quanto à de Nuno Mendes, não havendo ainda decisão.

O antigo oficial de ligação aos adeptos do clube Bruno Jacinto está entre os arguidos presos preventivamente, sendo acusado da autoria moral do ataque, tal como Bruno de Carvalho e Mustafá.

Aos arguidos, que participaram diretamente no ataque, o MP imputa-lhes a coautoria de crimes de terrorismo, 40 crimes de ameaça agravada, 38 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, um crime de detenção de arma proibida agravado e um de introdução em lugar vedado ao público.

Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. O líder da claque Juventude Leonina está também acusado de um crime de tráfico de droga.

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