O líder da claque da Juventude Leonina, Mustafá, deverá ser preso nos próximos dias no âmbito do Caso Alcochete.
O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) deu provimento ao recurso da procuradora do Ministério Público Cândida Vilar, apresentado após o juiz de instrução criminal Carlos Delca ter aplicado ao arguido a medida de coação de apresentações diárias às autoridades e pagamento de uma caução de 70.000 euros, em novembro de 2018.
O recurso do MP incidia sobretudo com o facto de Mustafá estar relacionado tráfico de droga.
"Existem sérios perigos de continuação da atividade criminosa, de perturbação de inquérito, de fuga e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas", refere o despacho do TRL, a que a TVI teve acesso e que revoga a decisão do Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro.
A alteração da medida de coação prende-se com o facto de Mustafá estar acusado neste processo de tráfico de droga, ter antecedentes criminais e estar a ser julgado no processo de assaltos violentos a casas, que envolve Paulo Pereira Cristóvão, ex-inspetor da Polícia Judiciária, por crimes de associação criminosa, roubo ou sequestro.
No seguimento do ataque à Academia do Sporting, as autoridades realizaram buscas na sede da Juve Leo, tendo, na altura, encontrado droga que Mustafá alegou não lhe pertencer.
Porém, ao que a TVI conseguiu apurar, o MP tem uma testemunha que relacionou o líder da juventude leonina com a droga encontrada.
As autoridades podem deter o líder da juventude leonina a qualquer momento, dado que o juiz já ordenou o mandado de detenção.