Covid-19: há mais duas casas para acolher vítimas de violência doméstica em Portugal - TVI

Covid-19: há mais duas casas para acolher vítimas de violência doméstica em Portugal

Protesto em Lisboa contra o aumento da violência entre casais

Para proteção das vítimas, localização dos centros de acolhimento nunca é revelada, mas medida faz parte do plano do Governo para reforçar apoio a mulheres e homens, que estão agora em casa, obrigados a passar mais tempo com os agressores

A secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade abriu 100 novas vagas para acolher vítimas de violência doméstica, em duas estruturas temporárias de acolhimento de emergência. A medida foi criada especialmente para fazer face a um eventual aumento do número de casos de agressão, numa altura em que a pandemia de Covid-19 obriga ao isolamento social e, por consequência, a que mulheres ou homens violentados passem mais tempo em casa com os agressores, muitas vezes os maridos ou companheiros.

Estas duas novas casas encontram-se em território nacional, mas têm localização incerta, tal como as outras 65 estruturas de acolhimento existentes. O objetivo é fazer com que os agressores percam o rasto à localização das vítimas, que, muitas vezes, podem, para proteção pessoal, ser acolhidas a centenas de quilómetros da residência habitual.

Numa nota enviada à comunicação social, o Governo informa que as estruturas de acolhimento estão prontas para realizar testes à Covid-19, e que uma parceria com distribuidores alimentares garante que não vão faltar bens essenciais nos centros de acolhimento.

A par do aumento das vagas disponibilizadas, Rosa Monteiro, a secretária de Estado, está a agilizar com municípios, bombas de gasolina, farmácias e empresas de transportes públicos a divulgação dos contactos locais das estruturas de apoio às vítimas que podem estar, nesta altura, mais vulneráveis e com menos oportunidades de gritar por ajuda.

Nesse sentido, o executivo de António Costa diversificou os canais de denúncia dos agressores. Para além da linha telefónica gratuita, através do 800 202 148, há agora uma linha SMS, para a qual as vítimas podem enviar pedidos de ajuda por escrito, através de número 30 60, e um e-mail criado propositadamente para a altura particular que o país atravessa, através do endereço violencia.covid@cig.gov.pt.

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