Professores: situações que «põem em causa a estabilidade emocional» - TVI

Professores: situações que «põem em causa a estabilidade emocional»

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A Associação Nacional dos Professores defende a acção de grupos de «acompanhamento educativo ou de promoção da convivência»

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A Associação Nacional dos Professores (ANP) desconhece casos de alegados suicídios de professores devido a indisciplina na sala de aula, mas reconhece que há situações que «põem em causa a estabilidade emocional e psicológica» dos docentes.

O presidente da ANP e também responsável da linha telefónica SOS Professor, João Grancho, sublinhou que, apesar de «não ser um clima generalizado nas escolas», há situações, que «não são isoladas», que «põem em causa a estabilidade emocional e psicológica dos professores e que os abalam naturalmente». É a reacção à notícia de que um professor de Música da Escola Básica 2.3 de Fitares, em Rio de Mouro, Sintra, ter-se-á suicidado por ser alvo da indisciplina dos seus alunos do 9.º ano.

Em declarações à agência Lusa, João Grancho argumentou que se deve verificar a «relação causal» deste caso da escola de Fitares, lamentando que os «episódios são esquecidos até ao próximo» acontecimento.

À linha de apoio aos docentes têm chegado cada vez menos telefonemas: «De 2008/2009 para 2009/2010 a descida das comunicações terá sido de cerca 80 por cento». «Estamos convencidos de que [a descida das comunicações] decorre da existência de um quadro legal que aponta para a priorização da prevenção e da investigação, que aponta maior solidariedade e mais vontade das escolas em lidar com o problema», afirmou.

João Grancho reconheceu, no entanto, haver «situações que vão sendo caladas» e que há «órgãos e direcções executivas e entidades que tendem a banalizar o fenómeno», referindo que casos entre alunos são justificados como «próprios da idade», enquanto entre docentes e alunos são vistos como «problema de autoridade». O caminho - defendeu - é reduzir os casos de indisciplina através de uma «estratégia intencional, sistemática e de um discurso político geral e social que permita concluir e transmitir à sociedade que a escola é um local de rigor, exigência, de qualidade e de relações positivas e pacíficas».
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