Gouveia e Melo quer vacinar imigrantes ilegais: "Não podemos ser egoístas" - TVI

Gouveia e Melo quer vacinar imigrantes ilegais: "Não podemos ser egoístas"

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  • 3 jun 2021, 15:14

O coordenador da task-force da vacinação contra a covid-19 lembrou que estas pessoas, por não estarem vacinadas, podem atacar a própria comunidade, porque são propagadores do vírus

O coordenador da task-force da vacinação contra a covid-19 defendeu esta quinta-feira a necessidade de vacinar toda a gente que vive em Portugal, inclusive os imigrantes não legalizados, e apelou à comunidade para não ser “egoísta”.

Nós não podemos deixar pessoas que vivem em território nacional sem vacinação. Não podemos ser egoístas. A comunidade não pode ser egoísta. Essas pessoas sem vacinação vão atacar a própria comunidade porque são propagadoras de vírus”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

O coordenador da ‘task-force’, que visitou esta manhã o maior centro de vacinação contra a covid-19 de Lisboa, respondia desta forma aos jornalistas que o questionaram sobre o processo de vacinação de imigrantes não legalizados.

A intenção de vir a vacinar este grupo tinha sido avançada por Henrique Gouveia e Melo na quarta-feira numa entrevista à RTP3.

Esta manhã, o vice-almirante explicou que esse processo de vacinação passará, numa primeira fase, pela atribuição de um número de saúde a esses imigrantes.

Nós temos que identificar esses imigrantes e temos que lhes atribuir um número de saúde, porque sem esse número todos os processos de saúde associados àquela pessoa não ficam registados”, justificou.

Henrique Gouveia e Melo referiu que esse trabalho irá ser desenvolvido por um grupo que não ficará inserido na ‘task force’, pelo que não sabe especificar quando e como é que essa tarefa irá ser realizada.

O coordenador da ‘task force’ também comentou as apreensões das autoridades sanitárias de Israel sobre uma possível ligação entre a vacina da Pfizer/BioNTech e casos de inflamação cardíaca, ressalvando que “todas as situações são monitorizadas e estudadas”.

O processo de vacinação tem um processo de monitorização dessa vacinação. Quando, por exemplo, alguém tem algum problema, após ter sido tomada alguma vacina, isso é reportado, é registado em base de dados e é estudado pelos especialistas. Portanto, se esses alertas de Israel são ou não significativos no nosso processo isso está a ser estudado”, atestou.

Na quarta-feira, a agência de notícias norte-americana Bloomberg veiculou que as autoridades sanitárias israelitas tinham encontrado uma ligação provável entre a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 e casos de inflamação cardíaca.

Segundo a mesma fonte, em causa estão dezenas de casos de inflamação cardíaca em homens jovens após a segunda dose da vacina.

O medicamento já foi administrado a mais de cinco milhões de pessoas em Israel e o número de casos de infeção pelo novo coronavírus desceu a pique.

Em Portugal, morreram 17.029 pessoas dos 851.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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