Analistas, radiologistas, fisioterapeutas, os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão em greve e decidiram mantê-la por tempo indeterminado, apesar de o Ministério da Saúde ter convocado uma reunião negocial para 30 de novembro.
Várias dezenas de profissionais estiveram desde as 15:00 desta quarta-feira concentrados frente ao Ministério, em Lisboa, num protesto contra a desatualização da carreira.
Durante o protesto, elementos do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde foram chamados por um representante ministerial, que lhes comunicou que o ministro da Saúde iria agendar uma reunião para 30 de novembro.
Perante esta notícia, os sindicalistas decidiram não suspender a greve, insistindo que exigem o processo de revisão de carreira finalizado e o diploma publicado.
Cansados de aguardar
Reivindicando uma adesão à greve na ordem dos 80%, neste primeiro dia, o presidente do Sindicato, Almerindo Rego, exortou o ministro da Saúde a explicar aos utentes do Serviço Nacional de Saúde os motivos pelos quais serão penalizados.
O dirigente sindical recorda que os profissionais têm a carreira desatualizada há quase 17 anos e estão cansados de aguardar um processo que nunca teve conclusão.
O sindicato aceita que a revisão salarial associada só comece a vigorar em 2018, mas exige a imediata publicação da revisão da carreira.
A área de trabalho destes técnicos abrange 22 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.
A greve foi anunciada no início do mês, quando o sindicato avisou que só a suspenderia com a conclusão do processo negocial com o Governo.