TVI, SIC, RTP e CMTV recusam passar "momentos de comunicação" das televisões dos clubes - TVI

TVI, SIC, RTP e CMTV recusam passar "momentos de comunicação" das televisões dos clubes

  • 7 fev 2018, 20:31
Jornalistas

Tomada de posição conjunta das quatro televisões nacionais visa ainda os canais eletrónicos, não só de clubes mas também de outras instituições

As quatro televisões portuguesas decidiram, conjuntamente, deixar de passar "momentos de comunicação" das televisões dos clubes ou de instituições, exigindo "ter acesso às fontes oficiais de informação e aos protagonistas".

TVI, SIC, RTP e CMTV lembram que o acesso aos acontecimentos noticiosos está consagrado na lei e, por isso, recusam continuar como "amplificador da comunicação disponibilizada pelos canais (televisivos ou electrónicos) oficiais dos clubes ou instituições", que não substitui o exercício do jornalismo.

Leia a posição conjunta das televisões:

"A liberdade de acesso e de ação dos órgãos de comunicação social aos acontecimentos que se revestem de importância noticiosa está consagrada na lei.

O exercício do jornalismo, em toda a sua liberdade e extensão, é uma garantia das sociedades democráticas e abertas.

Em Portugal, várias instituições desportivas, com proeminência evidente do futebol, têm optado, recentemente, por um caminho de restrição do acesso dos jornalistas às fontes oficiais de informação e aos seus protagonistas.

Assim, as quatro televisões (RTP, SIC, TVI e CMTV) alertam para os riscos deste caminho e deste comportamento, no que à liberdade de informar diz respeito. As entrevistas, conferências de imprensa ou declarações com direito a perguntas não podem ser substituídas por momentos de comunicação em espaços de conforto que não cumprem as regras do jornalismo.

Pelo respeito que os telespectadores merecem, e pela certeza de que o jornalista como mediador do espaço público é um garante do pluralismo, RTP, SIC, TVI e CMTV exigem ter acesso às fontes oficiais de informação e aos protagonistas. E não aceitam funcionar como amplificador  da comunicação disponibilizada pelos canais (televisivos ou electrónicos) oficiais dos clubes ou instituições. Canais que são legítimos mas que não substituem o exercício do jornalismo."

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