Um sismo com hora marcada (vídeo e fotos) - TVI

Um sismo com hora marcada (vídeo e fotos)

Protecção Civil está a realizar um simulacro que envolve mais de 4500 pessoas em Lisboa, Setúbal e Santarém

E se Lisboa voltasse a tremer? Esta é a questão a que a Protecção Civil está a tentar responder desde esta sexta-feira, num exercício de três dias, realizado na região da capital e nos distritos de Setúbal e Santarém.

O abalo fictício inicial, registado às 15h50, desencadeou uma larga operação, em que estão envolvidas mais de 4500 pessoas, num teste à operacionalidade da emergência perante uma catástrofe deste tipo.

Com uma magnitude de 6.6/6.7 na escala de Richter e epicentro no Vale Inferior do Tejo, este sismo imaginário, inspirado no que abalou Benavente, em 1909, afectou uma área com um raio de 40 quilómetros. Os primeiros alertas sobre estragos e vítimas aconteceram em Alenquer, Samora Correia e no Campo Pequeno, em Lisboa, assim como em Porto Brandão.

Veja as fotos e a reportagem em vídeo sobre Porto Brandão

Foi nesta última localidade, do concelho de Almada, que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira acompanhou os exercícios, com uma larga comitiva de dirigentes de forças de segurança e emergência.



«Nós temos hoje um plano de risco sísmico para a região de Lisboa. Esse plano é da maior importância. Como sabem, Lisboa, para além de ser a região em que está situada a capital política e administrativa do país, é uma região em que vivem muitos portugueses, quase um terço da população. É uma região estratégica, também na perspectiva económica, em que se produz mais de 40 por cento do PIB», disse o ministro aos jornalistas.

Números de um sismo fictício

«Escolhemos esta região para validar um plano de risco sísmico que hoje finalmente temos», acrescentou, com os exercícios das equipas de emergência a desenrolarem-se. Antes deste momento, foram fornecidos alguns dados sobre a dimensão deste simulacro, ainda na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que também foi atingida ficticiamente, o que levou o comando a instalar-se em tendas de campanha na base aérea militar de Sintra.

«Estamos a jogar em 16 cenários principais, dos quais destacamos sete. Temos 150 operacionais por cenário, 600 operacionais por distrito. Pelo menos no posto de comando nacional, na Base Aérea Nº 1, vão estar 160 pessoas por dia, e nos postos de comando distritais e municipais cerca de 190 pessoas diariamente», disse Susana Silva, da ANPC. «Isto além dos figurantes - mortos, feridos, desalojados - o que perfaz um total de 4548 elementos empenhados directamente neste exercício».

Este sábado, o simulacro continua nos distritos de Santarém, Setúbal e na cidade de Lisboa, onde um dos primeiros cenários acontecerá no centro comercial Colombo, pouco depois das 9h, que levará à sua evacuação.

Mais perto do rio, estão programadas derrocadas de edifícios e até a queda de uma viatura ao Tejo. Haverá ainda outras situações de incêndio e derrocada, que se prolongarão pelo dia de domingo, em locais como o Parque das Nações e a estação do metropolitano de Telheiras.
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