Covid-19: testes rápidos nas escolas "são bem-vindos", diz ministro - TVI

Covid-19: testes rápidos nas escolas "são bem-vindos", diz ministro

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  • 12 jan 2021, 18:46
Parlamento: Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto

Realização de testes rápidos é uma das exigências dos docentes, que acreditam que poderia controlar a propagação do vírus e aumentar a confiança nas escolas

O ministro da Educação admitiu que seriam bem-vindas às escolas formas de rastreio e despistagem de covid-19, mas referiu que a realização de testes são decisões da área da saúde.

A senhora deputada pergunta-me se eu e a minha equipa, o Ministério da Educação e os diretores veríamos com bons olhos todo e qualquer método para mitigar a propagação em ambiente escolar e eu posso dizer-lhe que sim”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues, no Parlamento, em resposta à deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua.

O ministro está a ser ouvido esta tarde na Comissão de Educação, onde os deputados do PSD e Bloco de Esquerda o questionaram sobre algumas das medidas que têm sido pedidas por diretores escolares e sindicatos de professores.

A realização de testes rápidos é uma das exigências dos docentes, que acreditam que poderia controlar a propagação do vírus e aumentar a confiança nas escolas.

Se esses testes existirem e puderem ser canalizados, obviamente serão bem-vindos e nós queremos recebe-los”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

No entanto, o ministro lembrou que esta matéria “não é o ‘core business’” da educação e por isso têm “recorrido às autoridades de saúde e tem corrido bem”.

A deputada do PSD Carla Madureira questionou também o ministro sobre a hipótese de os profissionais escolares passarem a integrar os grupos prioritários de vacinação, tal como também vem sendo pedido por sindicados e diretores escolares.

Todos os rastreios que as autoridades de saúde entendam ser positivos são saudados e bem-vindos pelo Ministério da Educação, como é óbvio. O mesmo disse sobre a vacinação. Mas não sou eu que me vou interpor no meio das prioridades que um conjunto de peritos e a DGS definiu como prioridades, como a taxa etária ou serem profissionais de saúde”, respondeu o ministro.

Sobre os profissionais das escolas não integrarem neste momento os grupos prioritários de vacinação, o ministro lembrou ainda que existe um “número limitado de vacinas contra a covid-19”.

A deputada Carla Madureira questionou também sobre a plataforma criada pelo ministério para registar os casos detetados de infeção por covid em ambiente escolar, acusando o ministério de esconder os números e parecer servir apenas para “aumentar a burocracia” de quem trabalha nas escolas.

Também a deputada do Bloco de Esquerda quis saber quais as medidas previstas para reforçar “a clareza do número de focos e casos nas escolas”.

Tiago Brandão Rodrigues garantiu que o Ministério “não esconde nada às escolas nem às comunidades educativas”, lembrando os dados divulgados com regularidade pela Direção-Geral da Saúde.

 

 

Ministro da Educação apela no parlamento a consenso para manter escolas abertas

O ministro da Educação apelou no parlamento a um “amplo consenso” na defesa de manter as escolas abertas, alertando que o seu encerramento irá prejudicar “irremediável e precipitadamente” o percurso de aprendizagem dos alunos mais frágeis.

O agravamento da situação epidemiológica no país levou o Governo a anunciar um novo confinamento semelhante ao ocorrido em março e abril, mas mantém-se a incógnita quanto às medidas a aplicar às escolas.

Na audição parlamentar que está a decorrer na Comissão de Educação, Tiago Brandão Rodrigues voltou a defender que as escolas devem permanecer abertas e pediu um consenso semelhante ao que tem acontecido desde março no momento de implementar medidas para tentar conter a pandemia.

Não é cedo para, mais uma vez, convocar esse mesmíssimo e amplo consenso para invocar que o custo do fecho das escolas, pelo menos nesta fase e com os dados que temos, é bem superior ao risco (…) de as encerrarmos e, com isso, prejudicarmos irremediável e precipitadamente o percurso de aprendizagem daqueles que mais devemos cuidar e que nunca podemos deixar para trás: os nossos alunos mais frágeis”, afirmou Tiago Brandão Rodrigues.

O ministro lembrou que no primeiro período de aulas, os estabelecimentos de ensino mostraram ser “espaços de segurança face à pandemia”.

 

Governo enumera medidas para apoiar o desporto e admite "fazer mais"

O governo tem ajudado o desporto na crise da covid-19 com “um conjunto de medidas excecionais”, embora o ministro da tutela, Tiago Brandão Rodrigues, admita que é preciso “fazer mais”.

“Houve um conjunto de medidas excecionais temporárias no desporto para responder aos constrangimentos. Temos de fazer mais e vamos dar pequenos passos”, disse, na audição regimental da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto.

Anunciou a revisão do programa Apoiar, que passará a abarcar novos códigos de atividade, dando assim resposta a necessidades do ensino desportivo e recreativo, gestão de instalações desportivas, atividades dos clubes desportivos e organismos reguladores das atividades desportivas.

Destacou a continuidade do financiamento ao movimento desportivo – federações desportivas, o Comité Olímpico de Portugal, Comité paralímpico de Portugal e Confederação do Desporto –, “sem qualquer interrupção e com possibilidade de reafetação de verbas não executadas pela quebra de atividade”.

“Apesar do adiamento de um conjunto de competições desportivas à escala global, foram executados sem interrupção - ou mesmo sem descontinuidade - contratos de preparação olímpica e paralímpica”, acrescentou.

O governante destacou o empenho do executivo em privilegiar medidas “que visem tentar reduzir o negativo impacto económico da covid-19 e tentar perspetivar a recuperar o setor quando isto terminar”.

Elogiou o trabalho “envolvendo todos os agentes” na elaboração de um plano de gestão de desconfinamento em segurança, “o que permitiu que muito do setor pudesse voltar à atividade, à competição, inclusivamente os escalões formação nos desportos individuais”.

Recordou que, face ao que foi feito, foi “garantida a competição a cerca de 360 mil atletas, o que é muito importante”.

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