Covid-19: "Não há coerência em manter as discotecas fechadas", diz especialista - TVI

Covid-19: "Não há coerência em manter as discotecas fechadas", diz especialista

Tiago Correia entende que outras medidas adotadas são igualmente arriscadas

O Governo anunciou esta quinta-feira um novo plano para a reabertura da sociedade portuguesa e para a gestão da pandemia de covid-19. Baseado em três fases, que estão dependentes do sucesso da vacinação, o plano foi recebido de formas diferentes pelos especialistas.

Para o professor do Instituto de Medicina Tropical, Tiago, Correia, este era um plano complexo, mas as medidas anunciadas mostram "coerência".

Uma das novidades foi o anúncio da reabertura dos bares, que não ficou logo esclarecido na conferência de imprensa do primeiro-ministro, mas que mais tarde o Governo esclareceu em comunicado, indicando o próximo domingo, dia 1 de agosto, como a data para que estes estabelecimentos possam voltar a funcionar, desde que mantendo as regras aplicadas aos restaurantes, entre as quais está a obrigatoriedade do encerramento do espaço às 02:00.

Tiago Correia concorda com esta medida, e entende que a mesma podia ser alargada às discotecas, que no plano traçado pelo Executivo só devem voltar a abrir portas em outubro.

Tenho ouvido o setor dizer que há discotecas que têm espaços ao ar livre e que estavam dispostas a adotar o conceito de bolha, com um espaço físico limitado. Penso que se essas regras fossem cumpridas as discotecas poderiam abrir por uma questão de coerência com outras atividades. Aí não há coerência, e se há coerência, ela precisa de ser explicada", afirma.

Sobre as medidas para os restaurantes, o especialista aponta alguma "inconsistência", até porque não foi explicada a razão dos testes negativos ou certificado digital serem obrigatórios apenas aos fins de semana e feriados.

 

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