Operação Teia: detidos no TIC do Porto para conhecerem medidas de coação - TVI

Operação Teia: detidos no TIC do Porto para conhecerem medidas de coação

  • JFP
  • 30 mai 2019, 14:50

Operação "Teia" centra-se nas autarquias de Santo Tirso e de Barcelos, bem como no IPO do Porto, e em causa estão suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio

Os quatro detidos na operação "Teia" chegaram pelas 14:20 ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde vão ser submetidos a primeiro interrogatório judicial para fixação das medidas de coação, disse fonte ligada à investigação.

Os arguidos chegaram ao TIC em três carros da Polícia Judiciária (PJ), a partir do estabelecimento prisional anexo à PJ/Porto, sendo que o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, e a sua mulher, a empresária Manuela Couto, chegaram na mesma viatura.

Os presidentes das câmaras de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e de Santo Tirso, Joaquim Couto, o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto, administradora da W Global Communication, foram detidos na quarta-feira.

A operação "Teia" centra-se nas autarquias de Santo Tirso e de Barcelos, bem como no IPO do Porto, e em causa estão suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na "viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto", segundo comunicado da Diretoria do Norte da PJ, órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público neste caso.

TIC indeferiu tentativa de advogados de suscitar nulidade do processo

Os advogados dos quatro detidos no âmbito da Operação Teia suscitaram a nulidade do processo, alegando incompetência do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, mas foi indeferida, confirmou à Lusa um dos advogados.

Já suscitámos e foi indeferida", revelou o advogado Nuno Cerejeira Namora, para quem a nega dada pelo tribunal não é o fim da argumentação, acrescentando que "ainda estão a atacar o assunto", sem, contudo, revelar que ferramentas vão tentar utilizar.

A posição dos advogados surge na sequência da alegação levantada na quinta-feira por Nuno Brandão, advogado de Joaquim e Manuela Couto, quando, em declarações à Lusa, disse estarem "em causa crimes que constam do catálogo dos crimes que são da competência do Departamento Central de Investigação e Ação Penal [DCIAP]" e não do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto".

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