Imigração ilegal: três suspeitos em prisão preventiva - TVI

Imigração ilegal: três suspeitos em prisão preventiva

Passaporte (Reuters)

Associação internacional organizada visava obter “elevados proventos com tramitação ilícita de pedidos de atribuição de nacionalidade portuguesa por parte de cidadãos de origem indiana"

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O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC) determinou a prisão preventiva de três arguidos indiciados pelos crimes de associação criminosa para o auxílio à imigração ilegal, informou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Segundo a página da PGDL na internet, os três arguidos estão ainda indiciados pelos crimes de imigração ilegal e associação criminosa para a prática de outros crimes.

De acordo com a mesma fonte, os arguidos faziam parte de uma associação internacional organizada que visava obter “elevados proventos com tramitação ilícita de pedidos de atribuição de nacionalidade portuguesa por parte de cidadãos de origem indiana, residentes na Índia ou no Reino Unido”.

Os suspeitos possuíam a base operacional em Portugal, no Reino Unido, na Índia, na Guiné-Bissau, no Senegal ou em S. Tomé e Príncipe.

A atividade dos suspeitos data de antes de 2013, sendo que angariavam pessoas em situação ilegal na Índia ou no Reino Unido e que estavam dispostos a pagar avultadas quantias em dinheiro para adquirirem a nacionalidade portuguesa.

Com essa finalidade criminosa, os arguidos criaram um sistema de falsificação de documentos oficiais indianos ou de passaportes forjados na Guiné-Bissau que eram entregues em Portugal a fim de obterem, em seguida, a nacionalidade portuguesa.

Na terça-feira, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou ter desmantelado uma rede que adquiria, de forma fraudulenta, documentos com nacionalidade portuguesa.

Na nota em que explicava a operação “Livro Mágico”, o SEF referia ter efetuado 17 buscas e apreendido documentos relativos a processos de nacionalidade, assim como grande quantidade de ouro no montante de 40.000 euros e 15.000 euros em numerário, como apurou a Lusa.

A investigação foi dirigida pela 11.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), em colaboração com o SEF.
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