Tornado: «Calculamos quatrocentas, quinhentas casas destruídas» - TVI

Tornado: «Calculamos quatrocentas, quinhentas casas destruídas»

Bombeiros estimam que luz só deve voltar daqui a alguns dias

Manuel Mendes, comandante dos Bombeiros Municipais de Tomar, declarou à TVI que o número de casas destruídas pelo tornado poderá ascender a 500 habitações. O responsável considera ainda a luz só será totalmente restabelecida daqui a «dois ou três dias».

«Há casas que nem três ou quatro dias eles vão ter luz em casa. Eu nunca vi uma coisa destas», disse.

O comandante descreveu ainda as horas de mais aflicção. «Ele entrou ali na zona do Convento de Cristo, embora na freguesia de Paialvo fosse só vento. Entrou naquele vale e arrancou tudo. As primeiras foram logo o Jardim-Escola e a partir dali apontou direito a Venda Nova, direito a Ferreira do Zêzere e naquela linha ficou tudo destruído. Calculamos quatrocentas, quinhentas casas destruídas», afirmou.

«A nossa preocupação era salvar as pessoas que possivelmente estivessem dentro das casas. A partir daí há que limpar as vias. As estradas estão impedidas com as árvores, há que desimpedi-las. Há que pôr as vias a trabalhar. E agora é só a ajuda de uns aos outros», disse.

Só na freguesia de Casais mais de 200 casas ficaram sem telhado, na sequência do tornado, disse à agência Lusa o presidente da junta, Jaime Graça Lopes.

«Totalmente sem telhas, há mais de 200 casas», declarou o autarca que se encontra a ajudar a população na remoção dos destroços que o tornado espalhou por toda a freguesia.

Jaime Graça Lopes acrescentou que o maior problema neste momento é o facto de a freguesia ter «muitas famílias que perderam bens», sublinhando o esforço de todos (populares, famílias e amigos) nos trabalhos de limpeza.

«Os meios financeiros da freguesia não dão para mandar cantar um cego», declarou o autarca, que transmitiu ao ministro da Administração Interna, que esteve na freguesia, as preocupações suscitadas pela intempérie.

Em Casais, Carla Antunes, uma empresária, cuja empresa de equipamentos hoteleiros ficou destruída pelo tornado, informou o ministro da existência de um prejuízo de meio milhão de euros e que não tinha seguro contra as intempéries.

Contudo, a empresária, que contava com os seus sete trabalhadores e populares a ajudarem na remoção dos escombros, manifestou vontade de continuar a trabalhar, acreditando que a empresa estará novamente erguida até ao final do ano.

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