Os estragos causados em Albufeira, no Algarve, nesta madrugada, foram causados por um tornado, confirmou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera à TVI.
Durante esta madrugada, uma linha de convecção, que neste momento se encontra já sobre o Estreito de Gibraltar, estava a atravessar o Algarve e à passagem desta linha havia movimentos verticais muito intensos e a formação de células convectivas e os danos que se verificaram na região de Albufeira são compatíveis com a formação de um tornado que terá tocado solo ao longo de uma trajetória muito pequena", explicou a meteorologista do IPMA, Paula Leitão.
Doze carros ficaram danificados e algumas árvores e painéis publicitários caíram na sequência de um fenómeno classificado então como extremo de vento que afetou apenas uma avenida de Albufeira, sem fazer vítimas.
Ao tocar o solo, um tornado tem um efeito de rotação, de sucção, os ventos são muito intensos e em espiral e, por causa disso, causam danos como os que aconteceram neste pequeno local, não havendo nada a registar logo ao lado. Tudo isto é compatível com a ocorrência de um pequeno tornado associado à convecção que estava nesta linha de instabilidade", indicou, ainda, Paula Leitão.
O incidente ocorreu às 04:20.
Foi uma coisa pontual, com ventos fortes que levaram à queda de várias árvores e de painéis de publicidade. Alguns carros que estavam estacionados na zona ficaram danificados”, disse fonte do CDOS à Lusa.
A mesma fonte adiantou que, ao longo da noite, o CDOS teve de acorrer a algumas situações de inundações e quedas de árvores e estruturas, como painéis de publicidade, devido à chuva e vento forte.
Nos últimos meses têm-se registado no distrito de Faro alguns fenómenos extremos de vento.
No início de março, a zona de Faro já tinha sido atingida por um tornado, que terá tido origem na Praia de Faro, tal como o fenómeno extremo de vento que afetou a cidade.
Os estragos do tornado foram registados também outros concelhos do litoral no sotavento algarvio: Olhão, Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António.