Perante um discreto dispositivo policial e sem quaisquer incidecondentes, os manifestantes concentraram-se frente ao tribunal de Torre de Moncorvo, gritando palavras de ordem em defesa da libertação do homem ou afirmado que ele não constituiu qual «perigo» para a sociedade.
Em declarações à agência Lusa, Nelson Sousa, advogado de defesa, disse que vai dar entrada ainda hoje, no tribunal, o recurso da pena aplicada em primeira instância. «Enquanto houver possibilidade de recurso, a condenação do meu constituinte é considerada como prisão preventiva», acrescentou.
Questionado sobre a manifestação, Nelson Sousa recusou entender este tipo de iniciativa como qualquer pressão sobre o Estado de Direito, entendendo-a apenas como o exercício de um direito constitucionalmente consagrado.
Durante o protesto frente ao tribunal, os populares garantiram que com a manifestação «apenas» se pretendeu demonstrar que a acusação «não é verdadeira».
«Acho uma injustiça que o senhor esteja preso, está inocente. Ele é um bom homem», afiançou Júlia Matos, uma das presentes na manifestação.
Alcina, filha do arguido, disse, por seu lado, que a pena aplicada só não foi suspensa devido ao alegado «alarme social» que isso poderia causar.
O homem foi condenado em 24 de outubro do ano passado a três anos e seis meses de prisão efectiva por tentativa de homicídio durante uma festividade popular.