A rodoviária Carris assegurou esta segunda-feira que as agressões sofridas pelos motoristas, guarda-freios e fiscais são motivo de “grande preocupação” para a empresa, que conta com a colaboração da PSP para acompanhar esses profissionais.
As agressões de que são alvo os nossos tripulantes ou outros profissionais, constituem grande preocupação para a empresa que, embora com as naturais limitações, por se tratarem de postos de trabalho isolados, tem procurado, em colaboração com a Polícia de Segurança Pública (PSP), fazer o maior acompanhamento possível a esse profissionais”, informou a Carris numa nota enviada à Lusa.
Esta informação foi transmitida na sequência de um alerta da Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris (ASPTC), segundo a qual cerca de 140 trabalhadores estão de baixa médica prolongada, metade dos quais devido às agressões físicas e verbais a que são constantemente sujeitos.
Estavam ao dia de hoje [18 de novembro] em casa, com baixa prolongada, 140 trabalhadores só do pessoal de tráfego. Seguramente que 50% são baixas psicológicas”, disse à Lusa Orlando Lopes, dirigente da ASPTC.
Segundo o sindicalista e motorista, “todos os dias há agressões verbais” e, “pelo menos uma vez por semana, há agressões físicas”, tanto a motoristas como a fiscais.
Na nota, a Carris indicou que “não se tem verificado um agravamento do número de agressões aos tripulantes” e revelou que em 2014 registaram-se 51 casos, no ano passado 55 e no primeiro semestre deste ano 23 ocorrências.
Quanto às causas, a empresa afirmou que estão “maioritariamente relacionadas” com a intervenção dos funcionários para a validação ou aquisição do título de transporte.
"Felizmente, as consequências destas agressões não têm sido particularmente graves, o que não reduz o nível de preocupação da empresa", lê-se na nota da Carris.