Tripulantes da SATA em greve de três dias

Os tripulantes de cabina da transportadora aérea açoriana SATA Internacional vão avançar para a greve a 01, 02 e 03 de Junho, alegando o incumprimento de várias cláusulas do Acordo de Empresa, anunciou hoje fonte sindical.

Bruno Fialho, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, adiantou à agência Lusa que a decisão foi tomada segunda-feira em Assembleia-Geral, que decidiu recusar os dois projectos de protocolos que saíram de uma reunião que decorreu sexta-feira com a administração da companhia.

Segundo o delegado sindical, essas propostas foram rejeitadas porque os trabalhadores consideraram ser insuficientes para o cumprimento integral de qualquer uma das cláusulas em causa no Acordo de Empresa.

Com esta greve de três dias, o Sindicato pretende que a SATA Internacional cumpra o Acordo de Empresa, em matérias como os períodos de assistência, número de tripulantes por voo e lugares de descanso para os voos de longo curso.

Relativamente a serviços mínimos para os Açores, uma vez que o arquipélago está dependente das ligações aéreas, Bruno Fialho adiantou que a própria SATA e o Governo Regional prescindiram da sua prestação.

Adiantou, ainda, que os cerca de 250 tripulantes de cabina da transportadora açoriana «não querem dinheiro», mas sim a melhoria das suas condições de trabalho.

«Só queremos condições de trabalho», assegurou Bruno Fialho, ao adiantar que na Assembleia-Geral foi recusada pelos trabalhadores uma proposta de aumento salarial de 08 por cento.

Além de voar para vários aeroportos dos continentes europeu e americano, a SATA Internacional é responsável pelas ligações entre os Açores, Portugal continental e a Madeira, rotas sujeitas a obrigações de serviço público.



Fonte da secretaria regional da Economia adiantou à agência Lusa que, apenas, desempenhou um «papel de conciliação» nas negociações entre as duas partes e que concordou com a proposta do sindicato de serviços mínimos, que incluía um voo no sábado.



Contactada pela Lusa, a SATA Internacional remeteu para mais tarde uma posição sobre a greve dos tripulantes de cabina.