Meco: Lusófona recusa proibir praxes e fala em «acidente» - TVI

Meco: Lusófona recusa proibir praxes e fala em «acidente»

Buscas na praia do Meco (Lusa)

«Todos os dias morrem pessoas nas estradas. Não vamos proibir ninguém de andar na estrada», diz Manuel Damásio, presidente do Conselho de Administração

Perante a tragédia do Meco, o presidente do Conselho de Administração da Universidade Lusófona, Manuel Damásio, diz que não vai proibir as praxes, porque a universidade não é a favor de «censuras». Sobre o que se passou na Praia do Moinho, no Meco, no fim de semana fatídico, Manuel Damásio lamenta que se insista na tese de praxe e fala em acidente.

Vigília na Lusófona: «Contra a praxe, não ficaremos em silêncio»

«Todos os dias morrem pessoas nas estradas. Não vamos proibir ninguém de andar na estrada», disse, em entrevista à SIC.

«Não morreram seis pessoas num barco que se virou? É um acidente como o outro», acrescenta.

Manuel Damásio fala em «brincadeiras» para definir as situações que são relatadas por vizinhos da vivenda alugada pelos estudantes em Aiana de Cima. «Viram-nos a fazer brincadeiras. A divertirem-se. Eu também já joguei muito disso. Desde miúdo. Jogar ao pau, jogar ao berlinde...», comparou.

O responsável pela Universidade Lusófona apresenta, nesta entrevista à SIC, uma versão bem diferente daquela que foi apresentada ao Ministério da Ciência, em 2008, num parecer da reitoria da Lusófona. Na altura, o reitor classificou a praxe de ofensiva à integridade física e psicológica dos estudantes.

«(...) São sempre ofensivas à integridade física e psicológica dos estudantes (...) e que tais procedimentos em nada contribuem para a integração dos novos alunos», dizia o parecer.

Sobre uma eventual proibição, na altura, dizia: «Julgamos que orientações superiores facilitando a sua proibição em muito ajudariam esta universidade a rejeitar liminarmente a realização de praxes».

A intenção nunca chegou a concretizar-se, nem na Lusófona nem noutras academias, que consideram que o atual enquadramento já prevê penalizações para quem abusa.
Continue a ler esta notícia