ZERO quer data para fim das vendas de motores a combustão em Portugal - TVI

ZERO quer data para fim das vendas de motores a combustão em Portugal

  • JFP
  • 18 jul 2019, 14:03
Trânsito

Portugal é o 4.º país europeu com maior percentagem de veículos elétricos vendidos (3,4% do total de vendas)

A associação ambientalista ZERO defendeu esta quinta-feira que Portugal deve apontar uma data para proibir a venda de carros com motores de combustão, considerando essencial aumentar a produção de carros elétricos e a instalação de postos de carregamento.

O presidente da ZERO, Francisco Ferreira, indicou que países como a França já anunciaram que deixarão de ser vendidos novos carros a gasóleo ou gasolina a partir de 2040, uma medida que Portugal devia replicar.

Apesar de Portugal ser o 4.º país europeu com maior percentagem de veículos elétricos vendidos (3,4% do total de vendas) e de a tendência estar a crescer, a ZERO afirma que é "absolutamente crucial" tornar os carros elétricos ainda mais baratos, com mais incentivos fiscais e aumentar o número de postos para carregamento, do que depende o crescimento do mercado.

Num estudo da Federação Europeia dos Transportes, a que a ZERO pertence, é referido que o número de modelos diferentes de carros elétricos vai triplicar para 214 já em 2021 e que em 2025, 22 por cento de todos os carros produzidos na Europa deverão ter uma tomada para carregamento, mesmo que sejam só híbridos e não totalmente elétricos.

Nos dados do estudo da federação, até 2023 Portugal não produzirá veículos elétricos, passando a uma parcela de 05% de híbridos em 2024, a cargo da fábrica Autoeuropa da Volkswagen, em Palmela.

É imperativo o governo proporcionar as condições para que fábricas como a Autoeuropa passem a rapidamente assegurar a produção de modelos 100% elétricos, bem como o aproveitamento do lítio, feito dentro do integral respeito pelas condições ambientais, possa ter um ciclo de aproveitamento mais extenso no nosso país, criando maior valor acrescentado", defende a associação.

A ZERO entende ser "fundamental enviar um sinal claro à indústria de que a era dos motores de combustão interna está a chegar ao fim" e que a única alternativa é a "eliminação progressiva" da venda de carros a gasolina e gasóleo em Portugal e no resto da Europa.

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