“Cada vez mais os piolhos têm sido resistentes aos métodos que nós temos para os tirar e os pais tem-se visto um bocadinho aflitos nos últimos anos. Os piolhos tornaram-se resistentes a alguns químicos presentes nos champôs. A dificuldade do tratamento é um problema”, admite esta especialista.
E porquê? Os produtos já não são tão eficazes.
“Há uns mais eficazes que outros. Mas há alguns anos retiraram substâncias do mercado, algumas eram muito eficazes e matavam os piolhos. Mas a substância também era algo tóxica para as crianças, principalmente quando havia feridas e foi retirada do mercado”
Além da dificuldade do tratamento, esta dermatologista lembra que “não basta pôr o champô e pensar que ficou tudo resolvido”. Ou seja, “as pessoas tem que fazer muito trabalho de casa. O que na prática é tirar as lêndeas e estar catar, algo que nós sabíamos que era como se fazia antigamente”.
Além disso, é um processo “moroso” que é preciso repetir todos os dias. Ajudados, claro, pelos champôs.
“Procurar na zona onde são mais frequentes como, por exemplo, na zona da nuca, atrás das orelhas, com atenção, fila a fila de cabelo”
Os piolhos “passam com muita facilidade de crianças para crianças”, principalmente quando “estão na brincadeira”. Como exemplo, Leonor Girão, lembra como devido aos tablets , “as crianças encostam as cabeças”.
Os cabelos das meninas são também mais difíceis de tratar, porque “têm mais cabelo, quase sempre comprido”. Os rapazes usam quase sempre cabelo curto, o que não é “um habitat natural para os piolhos”.