GNR volta para casa depois de ter ficado com dinheiro de multas - TVI

GNR volta para casa depois de ter ficado com dinheiro de multas

Tribunal da Relação do Porto suspendeu pena efetiva de sargento da GNR condenado por peculato. Terá de pagar nove mil euros, dinheiro de multas de trânsito e serviços gratificados com que ficou

O Tribunal da Relação do Porto suspendeu a execução da pena de prisão aplicada pelo Tribunal da Feira a um sargento-ajudante da GNR por se ter apropriado de dinheiro das multas de trânsito e serviços gratificados.

Segundo uma nota divulgada na página na internet da Procuradoria-Geral da República (PGR) do Porto, a Relação do Porto "confirmou parcialmente" a decisão da primeira instância. Manteve a condenação do arguido na pena de três anos e meio de prisão, pela prática de quatro crimes de peculato, mas suspendeu a execução desta pena, por período igual ao da sua duração.

O arguido ficou obrigado a pagar ao Estado quase nove mil euros, correspondendo aos prejuízos alegadamente causados com a sua conduta.

Os factos ocorreram em 2012 e 2013, quando o arguido esteve a exercer funções de comando no posto da GNR de Lourosa, em Santa Maria da Feira.

O inquérito teve origem numa participação efetuada pela própria GNR, após uma denúncia sobre a existência de irregularidades no processamento de determinadas quantias monetárias da atividade do posto.

De acordo com a investigação, o arguido apropriou-se indevidamente de 12.849 euros, só tendo devolvido ao Estado 3.164 euros.

A maior parte deste montante (9.029 euros) diz respeito a coimas de 98 autos de contraordenação que foram pagas pelos condutores no momento em que eram autuados, não tendo o dinheiro sido depositado na conta da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Além deste processo, o sargento-ajudante da GNR é arguido num outro caso, que está a ser julgado no Tribunal da Feira, onde responde por um crime de peculato por alegadamente ter ficado com dinheiro de um arguido relacionado com furto de cobre e tráfico droga.

 

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