Mário Machado: julgado num só dia - TVI

Mário Machado: julgado num só dia

Mário Machado

Dirigente da Frente Nacional está indiciado do crime de detenção de arma proibida

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A leitura do acórdão do julgamento de Mário Machado, dirigente da Frente Nacional, indiciado do crime de detenção de arma proibida ("stun gun"), foi esta quinta-feira marcada para 15 de Julho no Tribunal Criminal de Loures, escreve a Lusa.

A primeira sessão do julgamento, relacionado com uma busca domiciliária em 2006, decorreu esta quinta-feira e na mesma sessão foram feitas as alegações finais, tendo o procurador da República referido que a pena de prisão «deverá ser substituída por uma pena suspensa».

Mário Machado, líder dos Hammerskins Portugal, movimento conotado com a extrema direita, admitiu perante a juíza do processo ter adquirido o aparelho de choques ("stun gun") que lhe foi apreendido a 6 de Junho de 2006.

«Não tencionava usar a arma, era só para coleccionar. Estava exposta na minha sala, juntamente com outros materiais, como uma fisga de guerrilha urbana», afirmou, referindo que desconhecia que o aparelho tinha acoplado uma botija de gás, com "2-clorobenzalmalonitrilo", denominado "pray CS".

O dirigente da Frente Nacional, que prescindiu da inquirição a testemunhas de defesa, frisou que desconhecia que «o aparelho vinha com o spray», salientando que o armeiro que lhe vendeu o produto também não sabia e que apenas lhe explicou a funcionalidade da bateria.

Nas alegações finais, o procurador afirmou que esta substância de efeitos tóxicos tem «propriedades irritantes para o corpo humano», mas acentuou que a perigosidade não é letal, ressalvando a circunstância de a corrente eléctrica que o aparelho produz, de 200 000 volt, apenas provocar consequências em pessoas com «pace maker».

O advogado de Mário Machado, José Manuel de Castro, alegou que «o arguido esclareceu o tribunal de boa fé» e declarou que «a arma nunca foi usada, é defensiva e de perigosidade mínima».

Mário Machado está detido preventivamente no âmbito do processo em que juntamente com outros sete arguidos está acusado de associação criminosa, extorsão, roubo e outras práticas ilícitas. Este processo, em julgamento também em Loures, iniciou-se a 25 de Março e tem as alegações finais programadas para 9 de Julho.
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