Seis militares da Força Aérea detidos serão ouvidos amanhã - TVI

Seis militares da Força Aérea detidos serão ouvidos amanhã

Força Aérea aguarda pela constituição de arguidos para que sejam abertos os processos disciplinares internos aos militares envolvidos

Os seis militares detidos no âmbito da "Operação Zeus", realizada esta quinta-feira, serão presentes em tribunal este sábado, segundo apurou a TVI.

Os militares fariam parte de um esquema de sobrefaturação de alimentos que abasteciam as messes da Força Aérea.

Durante o dia desta sexta-feira, estão a ser ouvidos nas instalações da Polícia Judiciária os empresários também alegadamente envolvidos no esquema.

Os seis detidos são um major, três sargentos e um capitão, que estava colocado no edifício-sede da Força Aérea, o Estado-Maior, em Alfragide, e a quem competia fiscalizar as despesas das messes das várias bases e outras instalações em todo o país.

Mais militares estarão envolvidos neste caso, mas só estes seis foram efetivamente detidos até ao momento.

Segundo o que foi possível apurar, o valor faturado seria "cerca de três vezes superior ao dos bens entregues na realidade" e o lucro seria dividido pelos elementos envolvidos. 

A PGR deu conta que em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de corrupção passiva, de corrupção ativa e de falsificação de documento".

Segundo a investigação, o Estado "poderá ter sido lesado em 10 milhões de euros".

Os seis detidos seguem agora para primeiro interrogatório perante um juiz de instrução para conhecerem as medidas de coação, que podem mesmo chegar à prisão preventiva, por perigo de fuga e perturbação do inquérito - que já está fechado em segredo de justiça.

Um caso que pode vir a dar prisão efetiva em caso de condenação por corrupção. Por seu lado, a Força Aérea aguarda pela notificação oficial do Ministério Público da constituição de arguidos para que sejam abertos os processos disciplinares internos aos militares envolvidos.

Tudo começou com uma denúncia anónima feita à cúpula da Força Aérea, que entregou o caso à Polícia Judiciária Militar, dando início a uma investigação de cerca de dois anos, à qual se juntou a Polícia Judiciária.

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