19 mulheres, 2 crianças e 2 idosos recorrem à APAV por dia - TVI

19 mulheres, 2 crianças e 2 idosos recorrem à APAV por dia

APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

Associação de Apoio à Vítima registou no ano passado 18.470 crimes

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A Associação de Apoio à Vítima (APAV) recebeu uma média diária de queixas de 19 mulheres, duas crianças e dois idosos, de acordo com o relatório anual da entidade, que no ano passado registou 18.470 crimes.

De acordo com a Lusa, comparando com 2010, a APAV teve um aumento 8,8 por cento de denúncias de crimes, que passaram de menos de 17 mil para mais de 18 mil e viu também crescer os processos de apoio: em 2010 eram 11.145 enquanto no ano passado já passavam os 11.700.

As vítimas apoiadas pela APAV são na maioria do sexo feminino. Em 2011, 6.937 mulheres recorreram à associação que, em média, atendeu 19 mulheres por dia. Os idosos e crianças são os outros dois grupos com maior representatividade. A APAV atendeu semanalmente 15 crianças e jovens e 14 idosos.

Perante estas denúncias, as equipas da associação ajudaram em 2011 mais de 11 mil pessoas, sendo a maioria das zonas de Lisboa (4.577 vítimas), Porto (1.680), Ponta Delgada (629), Cascais (589) e Coimbra (560).

A residência é o local onde acontecem grande parte dos crimes denunciados à APAV, que no ano passado tomou conhecimento de 5.053 cometidos na residência comum da vítima e do agressor e outros 1240 casos na casa da vítima.

«Dado que no que diz respeito à relação da vítima com o autor do crime, a relação que mais se destacava era de cônjuge, não é de estranhar que o local de crime mais vezes registado tenha sido a residência comum, com quase 50 por cento dos casos», refere o documento.

A rua surge como o terceiro lugar, onde mais se assistem a estes episódios, seguindo-se o posto de trabalho.

O relatório aponta ainda para a existência de 414 situações em que foram usadas armas de fogo e outras 194 com armas brancas.

Estes números baseiam-se em dados recolhidos junto da população atendida e apoiada na sua rede nacional: 15 Gabinetes de Apoio à Vítima, duas Casas de Abrigo para Mulheres e Crianças Vítimas de Violência e da Unidade de Apoio à Vítima Imigrante e de Discriminação Racial ou Étnica.

Noventa por cento das vítimas tem nacionalidade portuguesa e no que diz respeito à relação da vítima com o autor do crime são as relações de conjugalidade que sobressaem face às restantes, perfazendo um total de 54 por cento (relações atuais e anteriores). Seguem-se os filhos (10,9 por cento) e os pais (7,6 por cento).

No ano passado, a APAV recebeu cerca de 18 mil crimes, tendo apoiado mais de oito mil vítimas e dado apoio a 11.784 processos. Os números apontam para um aumento da atuação da associação em relação a 2010: os crimes aumentaram 8,8 por cento, os processos de apoio cresceram 5,7 por cento e as vítimas diretas dispararam, passando de 6.932 para 8.693.
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