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Bebés não reconhecem medo e alegria

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Estudo da Universidade Fernando Pessoa revela que dos quatro aos oito meses os bebés não distinguem expressões faciais

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Bebés dos quatro aos oito meses não são capazes de distinguir expressões emocionais como o medo, cólera ou alegria, segundo um estudo científico da Universidade Fernando Pessoa (UFP) no Porto, informa a Lusa.

«Expressão Facial: O reconhecimento das emoções básicas cólera e alegria - estudo empírico com bebés portugueses de quatro aos oito meses de idade» é o nome da investigação realizada pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da UFP que vai ser apresentada entre quinta-feira e sábado na Conferência Anual da Sociedade Internacional de Neuropsicologia, em Acapulco, México.



Este estudo desenvolvido pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção tem como objectivo perceber se a matriz das emoções básicas são diferenciadas pelos bebés.



«Percebemos que os bebés conseguem identificar emoções básicas, não conseguem é reconhecê-las quando há um movimento esquelético-muscular, ou seja quando a exibição das emoções é feita de forma sequencial», explicou o psicólogo Freitas-Magalhães, director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção da UFP.

Para este estudo empírico, foram apresentadas a 40 bebés, fotografias de homens e mulheres expressando facialmente diversas emoções. «A exibição das emoções no palco do rosto é feita de forma sequencial e os bebés manifestam essa dificuldade quando tal sucede», declarou o psicólogo. As dificuldades dos bebés devem-se quer «à falta de maturação das estruturas mentais superiores» quer «à ausência de maturação dos aspectos perceptíveis».

Segundo Freitas-Magalhães, o bebé não identifica a emoção se o rosto não emitir toda a sua configuração, sendo o movimento muscular de grande importância.

O psicólogo acrescentou que este estudo, que se iniciou em 2007, vai realizar-se este ano a nível internacional. «Iremos fazer o chamado estudo intercultural, saber se o mesmo ocorre com bebés de outros países, nomeadamente dos EUA, Reino Unido e Índia, que são nossos parceiros ao nível de investigação», sustentou.
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