BES Leasing lesada na burla de três arguidos no valor de 2,8 M€ - TVI

BES Leasing lesada na burla de três arguidos no valor de 2,8 M€

BES (Reuters)

Os factos investigados ocorreram entre setembro de 2007 e maio do ano seguinte

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O BES Leasing é a empresa de locação financeira lesada pelos três arguidos acusados de burla qualificada e falsificação de faturas, no valor superior a 2,8 milhões de euros, disse esta terça-feira à agência Lusa fonte ligada ao processo.

A mesma fonte precisou que a burla, no valor total de 2.845.961,61 euros, relaciona-se com «supostas obras que não existiram num hotel e num armazém de um parque industrial de Torres Vedras».

«Era tudo fictício», acrescentou a fonte, referindo que um dos arguidos neste processo, cujos factos remontam a 2007 e 2008, estava ligado ao BES Leasing.

A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PDGL) já tinha referido que um dos arguidos era «presidente da comissão executiva de uma determinada instituição financeira de crédito».

Para a realização das obras, os arguidos obtiveram «dois financiamentos» para as construções que nunca existiram, fazendo-o «com a utilização de facturas forjadas para os respetivos pagamentos».

A investigação, desenvolvida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, permitiu apurar que os arguidos «obtiveram em seu proveito e em prejuízo de instituição de crédito financeiro o pagamento de obras nunca executadas no valor total de 2.845.961,61 euros».

Os suspeitos aproveitavam a «vantagem retirada da qualidade especial de um deles como presidente da comissão executiva de determinada instituição financeira de crédito», para obterem «dois financiamentos, supostamente para as obras de um hotel e para a construção de um armazém num parque industrial, fazendo-o com a utilização de facturas forjadas para os respetivos pagamentos».

A 8.ª Secção do DIAP de Lisboa, com a colaboração da Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária, reuniu indícios que os «os arguidos assinaram contratos de locação financeira para o efeito e emitiram as faturas forjadas e idóneas a convencer a instituição de crédito em causa de que as obras estavam a ser executadas, o que na realidade jamais aconteceu».

Os factos investigados ocorreram entre setembro de 2007 e maio do ano seguinte.
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