Cancro da próstata mata mais de 1500 portugueses por ano

O cancro da próstata mata entre 1500 a 1800 portugueses, representando o segundo tipo de cancro com maior nível de mortalidade para o sexo masculino, revelou a Associação Portuguesa de Urologia (APU).

Segundo Tomé Lopes, presidente da APU, número de vítimas do cancro da próstata poderia ser reduzido se todos os homens se submetessem a uma vigilância anual a partir dos 50 anos. O «pudor» e «mitos» em torno das doenças urológicas são os maiores factores impeditivos do rastreio desta doença, fazendo com que a maioria dos homens receie ir ao médico.

«Têm medo do toque rectal [único exame que permite avaliar o estado da próstata] e receiam que, se lhes for descoberta alguma doença, que esta ou o seu tratamento lhes afecte a capacidade sexual», exemplificou o especialista, citado pela agência Lusa.

Em Portugal são diagnosticados por ano entre 3 a 4 mil novos casos da doença, números que poderia ser reduzidos com a vigilância médica, uma vez que as probabilidades de ter cancro da próstata quintuplicam se houver um historial familiar da doença, pelo que os homens cujo pai teve aquele tipo de cancro devem começar a ser vigiados a partir dos 45 anos.

Tomé Lopes aproveita para desmistificar os exames à próstata, que são «simples», «fáceis de fazer» e «duram poucos segundos», lembrando que a maior parte das doenças da próstata são benignas.

O cancro da próstata é um dos temas em discussão no XI Simpósio da Associação Portuguesa de Urologia (APU), que decorre a partir de sexta-feira, em Albufeira.